Em primeiro lugar, se trata de mulheres com cidadania sueca que foram à Síria junto com os seus maridos e filhos, assim como mães solteiras que decidiram se juntar ao Daesh. Mas às vezes acontece que mulheres partem, se casam com terroristas e dão à luz. Neste caso, a criança recebe automaticamente a cidadania sueca se a mãe a tiver. Mas não se sabe muito destas crianças e, por isso, o número de 40 provavelmente não corresponde à realidade, disse à Sveriges Radio Yassin Ekdahl, funcionário do serviço do coordenador do trabalho contra o extremismo.
Algumas destas crianças já regressaram à Suécia, mas antes disso eles testemunharam cenas de violência ou até foram sujeitas de violência.
“Eles veem os assassinatos como parte de vida, sobrevivem a bombardeamentos e aprendem a justificar o assassínio de pessoas de outra fé”, opina Yassin Ekdahl.
O grupo terrorista Daesh (proibido na Rússia e reconhecido como terrorista pelo Brasil) autoproclamou-se "califado mundial" em 29 de junho de 2014, tornando-se imediatamente uma ameaça explícita à comunidade internacional e sendo reconhecido como a ameaça principal por vários países e organismos internacionais. Porém, o grupo terrorista tem suas origens ainda em 1999, quando um jihadista de tendência salafita, o jordaniano Abu Musab al-Zarqawi, fundou o grupo Jamaat al-Tawhid wal-Jihad. Depois da invasão norte-americana no Iraque em 2003, esta organização começou a fortalecer-se, até transformar-se, em 2006, no Estado Islâmico do Iraque. A ameaça representada por esta entidade foi reconhecida pelos serviços secretos dos EUA ainda naquela altura, mas reconhecida secretamente, e nada foi feito para contê-la. Como resultado, surgiu em 2013 o Estado Islâmico do Iraque e do Levante, que agora abrange territórios no Iraque e na Síria, mantendo a instabilidade e fomentando conflitos.