No âmbito da mesa redonda os economistas russos apresentaram também o relatório “Oriente contra Ocidente: Luta pela Reforma da Economia Mundial”.
Os participantes tocaram em vários temas importantes na agenda econômica e política atual, inclusive em vários acordos ambíguos, por exemplo, o TTIP, o TTP e o TiSA, as tentativas ocidentais de minar os projetos do BRICS e manter o sistema estabelecido pelos EUA.
ALERT: #TTIP's big brother #TISA vote next week in EU Parliament https://t.co/LDARmc4nu4 See: https://t.co/Ln6vpX1gZ3
— WikiLeaks (@wikileaks) 31 января 2016
Estes acordos têm sido muito criticados pelo seu secretismo e pelo fato de que, se forem assinados, as empresas multinacionais terão mais poder de controle do que os governos.
Cabe mencionar também que não existe a íntegra do acordo, todos os dados foram publicados pelo portal de denúncias WikiLeaks.
Além disso, ele sublinhou que todos os pontos do TTIP são principalmente favoráveis aos países já desenvolvidos, porque as condições previstas no acordo tratam das áreas da economia que os países em desenvolvimento não podem controlar de forma mais ampla. Quer dizer, por exemplo, o país já desenvolvido pode controlar e estabelecer limites na área da ecologia, mas aquele país que só começa desenvolver o setor industrial não pode ao mesmo tempo respeitar plenamente as regras e limites que o acordo prevê para emissão de gases de estufa.
Karataev fez lembrar que nas economias da Rússia e da China as empresas estatais desempenham um papel importante e que o acordo TTIP visa regular isso.
“Em particular, ele diz que empresas estatais não devem receber quaisquer vantagens da participação estatal. De um ponto [de vista] a regra é justa em geral, mas a questão é no direito de aplicação,” disse.
O especialista notou que qualquer país-participante do TTIP poderá levar a tribunal, por exemplo, o gigante energético russo Gazprom alegando, por exemplo, que a empresa viola o acordo em determinado ponto.
E os participantes não evitaram comentar a recente publicação que continua atraindo a atenção do jornal britânico Financial Times. A redação da Sputnik decidiu deixar vocês mesmos ouvir isso no vídeo abaixo.