Segundo o autor, a agência Sputnik (que ele chama de “tabloide”) publica sistematicamente o ponto de vista daqueles membros do parlamento europeu que se pronunciam contra as elites no poder e apoiam a Rússia. Além disso, o objetivo final de Moscou é, por um lado, desacreditar governos europeus e organizações, tais como a UE e OTAN e, por outro lado, reforçar as suas posições.
A Sputnik contatou Andrei Manoilo, cientista político e professor da Universidade Estatal de Moscou, que disse que não é primeiro caso em que a mídia russa se torna alvo de ataque por parte do Ocidente:
“A Sputnik já é a segunda agência de notícias, depois do RT, que se torna alvo de um ataque de informação. Estes ataques sempre se desenvolvem da mesma maneira: primeiro, xingam emissoras e canais televisivos russos, ou seja, os acusam de fazer propaganda desenfreada. Depois dizem que o Ocidente, na verdade, tem de criar algo parecido para influenciar as pessoas na Rússia. Tudo isso, sem dúvida, mostra a eficácia da mídia russa”.
O especialista faz notar que a mídia ocidental não pode concorrer com a da Rússia já que esta “inventa coisas novas, fazem comentários precisos e, ao mesmo tempo, novos e inesperados."
É de notar que na lista dos patrocinadores do CEPA consta uma série de grandes fabricantes de material bélico: Lockheed Martin, Bell Helicopter, Sikorsky Aircraft.
Andrei Manoilo considera lógico o fato de que são as empresas armamentistas que iniciam ataques contra a mídia russa:
Andrei Manoilo destaca que as elites políticas ocidentais tentam camuflar suas ações com lero-lero sobre o bem comum, democratização… Então vem a mídia russa dizendo a verdade e destruindo todas as ilusões.
Para compreender ainda melhor a verdadeira missão do CEPA, vale mencionar que entre os funcionários de alto nível desta organização há o crítico convicto da Rússia e cientista político Zbigniew Brzezinski, e o jornalista britânico Edward Lucas, conhecido pelo seu livro "A Nova Guerra Fria. Rússia de Putin e a ameaça para o Ocidente".