“Nenhum dos países que estão na agenda da viagem de Erdogan é um ator-chave na região do ponto de vista econômico”, afirmou o especialista.
O Chile é um dos maiores produtores e exportadores de cobre na região, mas as receitas do fornecimento de cobre aos mercados externos são distribuídas entre produtores estrangeiros e locais. Por isso, na opinião do especialista, a viagem não levará grandes vantagens econômicas para a parte turca.
“Por exemplo, durante o termo de 10 anos do presidente Fujimori no Peru o sistema presidencialista se tornou em regime autoritário, de semi-ditadura. Ao contrário do Peru, o Chile tem a experiência de ter o sistema presidencialista que segue às tradições democráticas”.
O especialista disse que o ex-presidente peruano Alberto Fujimori fica na prisão, é condenado a 25 anos por ter organizado os Esquadrões da Morte para lutar contra o movimento de esquerda radical. Em abril no Peru serão realizadas as eleições presidenciais e a filha do ex-presidente é a candidata principal.
Boratav também pensa que o presidente turco pode ter interesse em estudar as relações entre o presidente e a maioria parlamentar. Segundo os dados do especialista, no Equador a maioria parlamentar pertence ao partido do presidente Correa. Neste contexto o Peru é o contrário deste país porque o presidente peruano perdeu o apoio parlamentar.
Assim, na sua opinião, realizando a visita aos países da América Latina o presidente Erdogan aspira a obter as informações que poderão ser úteis no futuro.
Durante a sua visita ao Equador, Erdogan foi convidado ao Instituto de Altos Estudos Nacionais onde estudantes realizaram um protesto, informou o jornal espanhol El Diario.
Um grupo de jovens interrompeu o discurso de Erdogan com gritos de “Assassino!”, “Fora!”, “Viva o povo curdo!”.
Uma das jovens afirmou que nem todos os estudantes e professores estão a favor de visita do presidente turco por causa da sua política em relação à população curda no território turco.