O especialista financeiro russo Dmitry Taras destacou que o monopolista americano na produção de pesticidas, a Monsanto, também fez uma oferta à Syngenta no ano passado. Os americanos ofereceram ainda mais dinheiro que os chineses, mas a sua oferta foi rejeitada. A Monsanto ofereceu uma absorção, enquanto os chineses propuseram uma fusão com a preservação da marca e da sede. Na opinião do especialista, isso mostra a flexibilidade das empresas chinesas, que estão dispostas a comprar com condições mutuamente aceitáveis, ao contrário aos americanos.
Ao mesmo tempo, a Carta Maior destaca que o contrato não tem a ver com o aumento da produção de alimentos no país. A China “pretende reduzir a área de plantio de milho em 25%” e aspira a subir o preço do milho dentro do país. Além disso, na China é proibido cultivar milho transgênico.
Agora há uma recessão no mercado de agrotóxicos e sementes transgênicas, mas a China pode usar este momento para aumentar a sua cota-parte no mercado.
O especialista do Instituto da Europa da Academia de Ciências da Rússia, Vladislav Belov, sublinhou que a compra da Syngenta é uma manifestação da estratégia chinesa de investir nas indústrias que permitem ao país de consolidar as suas posições nos mercados globais. Por isso, a China é muito ativa no mercado de fusões e absorções.