Todas as partes interessadas no gasoduto Nord Stream 2 (Corrente do Norte 2) têm que reavaliar a viabilidade do projeto, disse Sefcovic.
Ao mesmo tempo, Sefcovic expressou dúvidas de que o projeto de gasoduto corresponda à legislação.
“Para mim, é difícil entender o Nord Stream 2 como um projeto puramente comercial. A possível construção do gasoduto alterará drasticamente o sistema de abastecimento de gás da Europa. Em resultado, a UE receberá 80% de gás russo através de uma única rota, violando as exigências de segurança energética”, afirmou Sefcovic.
O embaixador da Alemanha na Rússia, Rudiger von Fritsch, não está de acordo com esta opinião.
“O Nord Stream 2 é um projeto comercial. Há dois parceiros – o Gazprom (o gigante energético da Rússia – red.) e um consórcio de várias empresas europeias que se reuniram para realizar este projeto. Todos nós na Europa Ocidental estamos interessados em cooperar com a Rússia em uma base segura e de longo prazo na área energética e comprar à Rússia hidrocarbonetos”, afirmou o diplomata alemão.
Em setembro de 2015, a Gazprom assinou um acordo com as cinco maiores empresas energéticas europeias, entre as quais a Royal Dutch Shell e a E.ON, sobre a sua participação do projeto de construção de mais duas linhas do gasoduto submarino através do Mar Báltico, para fornecer 55 bilhões de metros cúbicos de gás russo à Alemanha.
Em 4 de fevereiro, o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov disse que a construção do gasoduto aumentará a segurança energética da Europa. Enquanto a Alemanha está interessada no projeto, alguns membros da UE como a Polônia e a República Tcheca temem que o Nord Stream 2 aumente a sua dependência energética da Rússia.