“O espaço em órbita está tão poluído que não poderemos avançar mais no espaço. Todos os fragmentos de detritos espaciais se movem à velocidade de alguns milhares de quilómetros por hora e possuem uma força colossal. Com esta velocidade, um grão de areia obtém a força de uma bala”, disse Shustov.
“Mas isso é absurdo e não é necessário. É o mesmo que gastar pólvora em salvas. Por isso, os cientistas elaboram novos métodos de captura do lixo espacial com uma rede ou até por meio de lazer”, disse.
A situação agrava-se pelo fato de as colisões de detritos levarem a novos pedaços, que por sua vez colidem e se multiplicam. Estes pedaços constituem uma ameaça aos satélites e Estação Espacial Internacional.
“A perda de um satélite é a perda de muito dinheiro e implica novas despesas para produzir e lançar um novo satélite. Isso leva muito tempo”, sublinhou o chefe do programa científico de coleta e análise de informações sobre detritos espaciais, Vladimir Agapov.
Agora há uma regra segundo a qual todos os países que têm programas espaciais são obrigados a retirar de órbita os seus dispositivos que já estão fora de serviço, mas esta norma não é ideal.Os cientistas pensam que a resolução do problema pode consistir em limpar o espaço através do desenvolvimento de novos tipos de energia e sistemas de laser.