O economista e deputado do Parlamento Europeu Roberts Zile chamou na segunda-feira (15) a abertura da emissora Sputnik em língua letã de “ataque à área mediática” do seu país.
“As autoridades da Letônia devem encontrar alavancas que não permitam abrir meios de propaganda no país tais como a Sputnik”, disse ele ao canal televisivo letão LNT.
O deputado sublinhou que a Agência Internacional de Notícias Rossiya Segodnya, chefiada por Dmitry Kiselev e da qual a Sputnik faz parte, integra a lista de sanções europeia. A redatora-chefe da agência internacional, Margarita Simonyan, em resposta aconselhou aos parlamentares europeus a parar com as tentativas de buscar lacunas na lei para fechar um meio de comunicação que publica opiniões diferentes daquelas “aprovadas por Riga oficial”.
A Duma de Estado russa também comentou a declaração de Zile, dizendo que, desta forma, a Letônia provou mais uma vez que no país existe uma censura muito dura.
Este não é o primeiro caso em que a agência Rossiya Segodnya enfrenta críticas da parte letã. Há algum tempo, a Letônia não permitiu registrar a agência, alegando que as informações divulgadas por esta não correspondem à posição oficial do país e contradizem a legislação.
A Agência Internacional de Informações Rossiya Segodnya foi criada por decreto do presidente russo, Vladimir Putin, em 9 de dezembro de 2013 com base na agência noticiosa russa RIA Novosti e na emissora de rádio Golos Rossii (Voz da Rússia).