O especialista em políticas latino-americanas Maurício Santoro, da UERJ, endossa as palavras da ministra, que apontou as “guerras midiáticas e econômicas” como instrumentos utilizados pelos autores das “ingerências externas” a fim de marcar a sua atuação junto aos países vítimas.
“A Venezuela tem tido, desde o início do Governo Chávez, uma posição muito crítica sobre qualquer tipo de doutrina internacional que signifique intervenções estrangeiras ou mesmo uma crítica mais dura aos Governos nacionais”, afirma Maurício Santoro. “Esse foi o tom da diplomacia venezuelana na ONU, inclusive na Assembleia-Geral, no Conselho de Direitos Humanos e em outros fóruns nos quais a Venezuela teve um papel importante nos últimos anos.”
“O Governo venezuelano tem passado por uma série de dificuldades muito graves do ponto de vista econômico, uma recessão extremamente séria motivada sobretudo pela queda dos preços do petróleo mas também em termos de conflitos políticos”, lembra Maurício Santoro. “Em 2014 o país passou por protestos de rua muito grandes, bastante significativos.”