O esforço diplomático vem na véspera da cúpula da OTAN, que deve ter lugar em Varsóvia em Julho, enquanto Washington tenta persuadir os estados membros europeus da Aliança a aumentar a sua contribuição às necessidades da OTAN.
“Eu acho que o governo dinamarquês sabe o que eu, como embaixador americano, penso sobre o orçamento de defesa dinamarquês”, disse o embaixador dos EUA em Copenhagen Rufus Gifford ao Berlingske.
“Sabíamos por muito tempo que os países europeus estavam cortando as suas despesas militares. Mas agorá é a altura de reinvestir. Será um assunto muito importante na cúpula de julho em Varsóvia”, acrescentou.
Neste momento, a Dinamarca gasta 1,2 por cento do seu PIB na defesa o que, segundo os americanos, não é suficiente.
“A tendência atual [de cortar as despesas militares] deve parar completamente. E eu realmente quero dizer completamente parar”, declarou o diplomata americano.
Por isso, acrescentou Gifford, é importante para os EUA que os participantes da cúpula cheguem a consenso sobre a necessidade de gastar mais dinheiro na defesa em toda a Europa.
A Alemanha, a Holanda, a Bélgica, a França e o Reino Unido aparentemente já tomaram em conta a mensagem de Washington e anunciaram o aumento de seus orçamentos militares nos anos que vêm, escreve o Berlingske, e a Noruega também considera aumentar os seus gastos militares.
Entretanto, o ministro da Defesa da Dinamarca, Peter Bartram, que na sequência da sua nomeação em 2012 foi encarregado de cortar o orçamento da defesa, anunciou publicamente que ele espera que o governo aumente o financiamento das forças armadas em 2017.
Moscou, por sua vez, tem consistentemente negado as alegações ocidentais, denunciando, por outro lado, a crescente expansão da OTAN em direção às fronteiras russas.
Quanto à questão da Crimeia, o Kremlin sustenta que a reintegração da península ao território russo não constituiu um ato de agressão, como afirmam Kiev e seus aliados ocidentais, mas sim um caso prático do princípio de autodeterminação dos povos que compõe o direito internacional, já que a decisão de se separar da Ucrânia e de se unir à Rússia foi endossada por mais de 96% da população local, em referendo democrático acompanhado por observadores internacionais.