O governo da Dinamarca resolveu enviar o navio ao litoral da Turquia, após pedido do lado turco aos países da OTAN, no sentido de estes expressarem solidariedade “frente à violação por parte da Rússia do espaço aéreo turco e instalação de sistemas de mísseis na Síria”.
“A situação perto do litoral da Somália tornou-se tão positiva que podemos deslocar o Absalon ao mar Mediterrâneo”, diz o ministro da Defesa da Dinamarca, Peter Christensen, citado pelo jornal Information. Segundo ele, não há evidências de que os piratas possam voltar depois da saída do navio militar.
“A Turquia pediu ajuda à OTAN no contexto de instabilidade e mudanças na situação da segurança que aconteceram na parte oriental do mar Mediterrâneo. Nós fornecemos apoio ativo, oferecendo ampliar as Forças Navais, mas isto não tem a ver com o avião russo recentemente abatido”, manifestou o chanceler dinamarquês Kristian Jensen em um comentário para o jornal Jyllands-Posten.
Segundo Jyllands-Posten, outros países da OTAN também podem dar uma resposta positiva ao pedido da OTAN e irão tomar decisões na cúpula de ministros do Exterior da OTAN em Bruxelas, entre 1 e 2 de dezembro.
Os dois navios de classe Absalon, construídos pelo estaleiro dinamarquês de Odense Staalskibsværft para a marinha da Dinamarca, são navio de apoio de combate. Os navios podem ser equipados para combates navais, ataque terrestre, missões estratégicas navais ou como plataforma de comando. Eles também podem ser configurados como navios-hospitais ou para apoio em situações de emergência.
O avião russo Su-24 foi abatido por um caça F-16 turco sobre o território sírio, tendo caído a quatro quilômetros da fronteira com a Turquia. O presidente russo, Vladimir Putin, chamou à derrubada do avião um "golpe nas costas por cúmplices dos terroristas." O Estado-Maior General da Federação da Rússia afirmou que o bombardeiro não cruzou a fronteira com a Turquia, o que foi confirmado por dados da defesa aérea síria, bem como por conclusões do Pentágono. A Turquia afirma que o avião russo entrou em seu espaço aéreo. O piloto do Su-24, Oleg Peshkov, foi baleado a partir do solo durante a ejeção por militantes turcomenos no território por eles controlado. O copiloto salvo, Konstantin Murakhtin, disse a jornalistas que o Su-24 não cruzou a fronteira e que a tripulação não recebeu quaisquer avisos da parte de aviões turcos.