O anúncio foi feito pelo escritório de imprensa da Universidade Friedrich Schiller de Jena, uma das mais antigas da Alemanha.
"Partículas elementares tais como elétrons e partículas de luz existem per se em um estado espacialmente não-localizado", explicou um dos cientistas por trás da invenção, Alexander Szameit.
Em tal sistema, existe uma probabilidade de que estas partículas existam em múltiplos lugares ao mesmo tempo.
"Dentro de um sistema como este, espalhado através de múltiplos locais, é possível transmitir informação de um local para outro sem qualquer perda de tempo", disse o físico.
No experimento da universidade alemã, porém, Szameit e sua equipe demonstraram que o teletransporte existe não apenas ao nível quântico das grandezas infinitamente pequenas, mas também no mundo da física clássica newtoniana, com o uso de raios laser especialmente emaranhados.
A equipe provou que feixes de laser podem ser emaranhados neste nível clássico por meio de placas polarizadoras especiais girando a uma certa velocidade.
German scientists successfully teleport classical information: Brooks Hays JENA,… https://t.co/NoSzvSR9Q4 — UPI pic.twitter.com/KzO4nmMv4A
— norwegian-ne.ws Int. (@NorskNN_Int) 4 março 2016
"Assim como pode ser feito com os estados físicos de partículas elementares, as propriedades dos feixes de luz também podem ser emaranhadas", disse Marco Ornigotti, outro colaborador do estudo.
Basicamente, a equipe codificou uma informação em uma direção específica da polarização da luz do laser e a transmitiu para a forma do feixe de laser por uma espécie de teletransporte, resultando em uma transmissão instantânea a uma distância curta.
A equipe explicou que a tecnologia desenvolvida até agora não pode ser usada para teletransportar um ser humano ou quaisquer substâncias orgânicas ou não-orgânicas de um local para outro. No entanto, a técnica pode ser usada para criar canais de comunicação entre sistemas tanto quânticos quanto clássicos, de modo a criar uma infraestrutura robusta de comunicação híbrida.