"Considero cumpridos de maneira geral os objetivos definidos para o Ministério da Defesa [da Rússia]. (..) Por isso, ordeno iniciar a retirada da maior parte de nosso contingente militar do território da República Árabe da Síria a partir de amanhã", disse Putin, durante uma reunião nesta segunda-feira (14) com o ministro da Defesa russo Sergei Shoigu e com o chanceler Sergei Lavrov.
BREAKING: Putin orders start of withdrawal of main part of Russian military force in Syria from Tuesday pic.twitter.com/ma3pzngWMI
— Reuters World (@ReutersWorld) 14 de março de 2016
O chefe de Estado russo comunicou sua decisão ao presidente da Síria, Bashar Assad, em conversa telefônica nesta segunda-feira à noite (horário de Moscou), segundo informou o porta-voz presidencial Dmitry Peskov.
De acordo com o comunicado do Kremlin, os dois líderes concordaram que as ações da Força Aérea da Rússia na Síria lhes permitiram "reverter profundamente a situação" em relação à luta contra os terroristas na região, conseguindo "desorganizar a infraestrutura dos militantes e infligir danos fundamentais a eles."
O presidente também sinalizou que a Rússia iria manter uma pequena presença militar no território sírio: ele não deu um prazo para a conclusão da retirada e disse que forças russas permaneceriam no porto de Tartus e na base aérea de Hmeymim, na província de Latakia.
Moscou lançou sua campanha antiterrorista na Síria em 30 de setembro do ano passado, a pedido de Damasco, de acordo com as normas do direito internacional.
Desde então, a Força Aérea russa vem realizando ataques aéreos contra o Daesh (autodenominado Estado Islâmico) e outros alvos terroristas na região, eliminando equipamentos militares, centros de comunicação, veículos, armas e depósitos de combustível.