Projétil ucraniano que ‘te ama’ atinge casa residencial em Donbass

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Um representante do Ministério da Defesa da autoproclamada República Popular de Donetsk informou que o povoado de Zaitsevo foi alvejado por parte de militares ucranianos, que usaram armas ligeiras e lançadores de granadas.

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Segundo a administração local, na sequência do ataque foram danificadas 30 casas e destruída uma linha de eletricidade. O povoado foi atacado, de acordo com as autoridades, com lançadores automáticos de granadas, morteiros de 82 milímetros, assim como armas ligeiras – fuzis de assalto e metralhadoras.

O vídeo mostra um dos projéteis ucranianos que caíram sobre o povoado de Zaitsevo. O projétil tem a inscrição “кохаю” (pronunciada como “kokhayu” – “te amo” em ucraniano).

Os representantes do Ministério da Defesa da autoproclamada República Popular de Donetsk que chegaram ao povoado para registrar as danificações sublinharam que a situação na república agudizou-se de maneira brusca durante a última semana.

"Na sequência dos ataques por parte das Forças Armadas da Ucrânia foi ferido um militar das Forças Armadas da República Popular de Donetsk e dois civis… A violação dos acordos de Minsk por parte das Forças Armadas da Ucrânia tornou-se sistemática", declarou Eduard Basurin, vice-comandante do contingente do Ministério da Defesa da república autoproclamada.

Em abril de 2014, Kiev iniciou uma operação militar nas províncias de Donetsk e Lugansk para apagar os focos de insatisfação com a mudança violenta de poder no país, ocorrida em fevereiro do mesmo ano.

As hostilidades deixaram mais de nove mil mortos e 20.700 feridos, segundo números da ONU.

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A questão da solução do conflito está sendo discutida, inclusive no âmbito dos encontros do grupo de contato em Minsk que desde setembro de 2014 já aprovou três documentos que regulamentam os passos de diminuição da tensão, inclusive a trégua. Porém, os dois lados do conflito denunciam violações regularmente.

O último documento – de 12 de fevereiro – prevê um cessar-fogo total no Leste da Ucrânia, a retirada das armas pesadas da linha de contato e a criação de uma zona de segurança, assim como a reforma constitucional com a entrada em vigor até o final do ano de 2015 de uma nova Constituição, com a descentralização como elemento-chave (tendo em conta as particularidades das regiões de Donetsk e Lugansk, acordadas com os representantes destas áreas), e também a aceitação de uma legislação sobre o estatuto de Donetsk e Lugansk.

Os dois lados não conseguiram cumprir os acordos até o final de 2015, segundo estava previsto inicialmente. Então, o prazo de realização dos acordos foi prolongado para 2016.

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