O vídeo mostra um dos projéteis ucranianos que caíram sobre o povoado de Zaitsevo. O projétil tem a inscrição “кохаю” (pronunciada como “kokhayu” – “te amo” em ucraniano).
Os representantes do Ministério da Defesa da autoproclamada República Popular de Donetsk que chegaram ao povoado para registrar as danificações sublinharam que a situação na república agudizou-se de maneira brusca durante a última semana.
"Na sequência dos ataques por parte das Forças Armadas da Ucrânia foi ferido um militar das Forças Armadas da República Popular de Donetsk e dois civis… A violação dos acordos de Minsk por parte das Forças Armadas da Ucrânia tornou-se sistemática", declarou Eduard Basurin, vice-comandante do contingente do Ministério da Defesa da república autoproclamada.
Em abril de 2014, Kiev iniciou uma operação militar nas províncias de Donetsk e Lugansk para apagar os focos de insatisfação com a mudança violenta de poder no país, ocorrida em fevereiro do mesmo ano.
As hostilidades deixaram mais de nove mil mortos e 20.700 feridos, segundo números da ONU.
O último documento – de 12 de fevereiro – prevê um cessar-fogo total no Leste da Ucrânia, a retirada das armas pesadas da linha de contato e a criação de uma zona de segurança, assim como a reforma constitucional com a entrada em vigor até o final do ano de 2015 de uma nova Constituição, com a descentralização como elemento-chave (tendo em conta as particularidades das regiões de Donetsk e Lugansk, acordadas com os representantes destas áreas), e também a aceitação de uma legislação sobre o estatuto de Donetsk e Lugansk.
Os dois lados não conseguiram cumprir os acordos até o final de 2015, segundo estava previsto inicialmente. Então, o prazo de realização dos acordos foi prolongado para 2016.