O Vice-Presidente Linera lembrou que desde a posse de Evo Morales, em 2006, o compromisso do Governo tem sido com o bem-estar da população, o desenvolvimento e a defesa da soberania nacional. Nesse aspecto, ele criticou o que chamou de “campanha sistemática de caráter político para desestabilizar a Bolívia”.
Citado pela TeleSur, TV estatal venezuelana, Linera disse que os Estados Unidos não veem com bons olhos o aumento da presença da Rússia e da China na América do Sul.
“Não somos quintal de ninguém, esta casa nos pertence”, afirmou, denunciando as pressões que o Governo norte-americano vem fazendo no sentido de impedir acordos comerciais com empresas chinesas e russas.
Mesmo opositores do Governo boliviano têm reconhecido os avanços sociais obtidos pelo país nos últimos anos. Segundo reportagem do “The New York Times”, da condição de laboratório de experiências neoliberais nos anos 90, com forte redução de programas sociais, fim de subsídios a produtos e serviços, demissões em massa e privatizações – como as tentadas na comercialização de água, em Cochabamba, e de reservas de gás –, a economia da Bolívia é uma das que mais têm crescido no continente, implantando ao mesmo tempo programas de inserção social. De 2006 a 2012, por exemplo, a criação de projetos de redistribuição de renda e aumento real das aposentadorias reduziu os percentuais de pobreza extrema de 38% para 24%.
Com um Produto Interno Bruto (PIB) de cerca de US$ 50 bilhões – quase 48 vezes menor que o do Brasil –, o país tem na exportação de petróleo e gás sua principal fonte de divisas, embora a comercialização de metais (o país é o quarto maior produtor mundial de estanho) também seja uma importante fonte de recursos, assim como a agricultura, que emprega 5% da população. Com um crescimento do PIB de 5% em 2015 e previsão de repetir o percentual este ano, a inflação de 5,3% em 2015 foi uma das mais baixas na América do Sul.