OTAN no Afeganistão: a missão foi em vão?

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A presença da OTAN na Afeganistão não aproxima o país da paz.

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A nova missão da Aliança Atlântica no país islâmico – batizada de Apoio Decisivo – ainda não atingiu os seus alvos: as forças da segurança nacional do país não podem resistir eficientemente à oposição, declarou o representante constante da Rússia na ONU, Vitaly Churkin.

“Tendo em conta os resultados da cúpula da OTAN no País de Gales, a assinatura de acordos entre Cabul e Washington na área de segurança e com a OTAN sobre o estatuto de forças, a aliança e os EUA, que são o fornecedor principal de militares para a missão afegã da OTAN, têm a responsabilidade aumentada pela preparação das Forças do Exército Nacional do Afeganistão [ENA] e pelo desenvolvimento da situação na área da segurança no Afeganistão”, disse.

Mesmo assim, o diplomata russo sublinhou que a missão da OTAN ainda não atingiu os seus alvos declarados.

“Os destacamentos do ENA sofrem das perdas significativas em combates com a oposição e mostram a incapacidade de conter a pressão efetivamente”, disse Churkin.

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É claro que ninguém gosta de guerra, especialmente os afegãos que já ficam cansados dos últimos dez anos de guerras sem parar. Mas a operação para derrubamento do Taliban foi vista por muitos – em todas as partes do Afeganistão – com esperança, apesar dos enormes gastos da OTAN.

Um membro do Partido de Solidariedade do Afeganistão em Cabul, Hafez Rasekh, declarou à Sputnik:

“A OTAN e os norte-americanos não cumpriram nenhuma das promessas. E não fica claro quem lhes impediu – especialmente durante a primeira etapa, quando a confiança às forças internacionais era muito alta”.

Segundo o entrevistado, além de libertar o Afeganistão em 2001 dos movimentos terroristas Taliban e Al-Qaeda a OTAN cumpriu nenhuma outra promessa. 

O general Nazifa Zaki, deputado do parlamento do Afeganistão, que a Sputnik também contatou, destacou que um dos sinais mais marcantes da política fracassada da Aliança Atlântica no seu país é o estado atual do exército afegão. Segundo ele, o mesmo não pode resistir a nenhuma crítica:

“O que diz respeito à esfera militar… Surge a pergunta, porque os EUA e a OTAN não prestaram a este bastante atenção e não criaram o exército tão apto para combate, quão é necessário para a luta sucessiva contra os terroristas”. 

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Enquanto tudo isso, o Conselho de Segurança da ONU prolongou o mandato da Missão de Assistência das Nações Unidas no Afeganistão (МООНСА/UNAMA) por mais um ano – até 17 de março de 2017.

A Resolução 2274 foi aprovada por unanimidade de votos. Ao proferir discurso na reunião após a aprovação do documento, Churkin mostrou a sua inqueitação séria com o desenvolvimento da situação política-militar no país, notando o aumento considerável da atividade do movimento Talibã (considerado como terrorista na Rússia), assim como a de outros grupos terroristas.

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