Até aqui, o único peemedebista a entregar seu cargo foi Henrique Eduardo Alves, que na noite da segunda-feira, 28, comunicou à Presidenta Dilma Rousseff que estava abrindo mão do Ministério do Turismo em nome da fidelidade que mantém ao PMDB, partido ao qual é filiado há 46 anos.
Alguns outros chegaram a esboçar a renúncia, porém não a concretizaram até este momento.
Em razão destes fatos, Sputnik Brasil ouviu o cientista político Carlos Pereira, professor da Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro, que disse acreditar numa breve resolução de todas essas pendências. “É só uma questão de tempo”, disse Pereira, para quem o PMDB já não tem mais condição alguma de continuar integrando o Governo de Dilma Rousseff.
O Professor Carlos Pereira acredita que o PMDB vá punir os ministros que se recusam a deixar os cargos. “A sinalização do Diretório Nacional foi bastante crível. Com esse desembarque, o PMDB entra numa zona de não reversão. Não é mais vantagem para o partido conceder, uma vez que a Presidência, para o PMDB, está bastante próxima.”
“As quatro condições necessárias para que o impeachment ocorra já estão dadas”, conclui o Professor Carlos Pereira, “e consequentemente é muito difícil que o PMDB, após tomar uma atitude tão drástica, nesse nível, retroaja no sentido de ser complacente com seus membros, aceitando uma convivência plural, estando dentro do Governo e ao mesmo tempo dentro do partido. Acredito que o partido vai colocar para a frente essa decisão.”