Recentemente, Vladimir Putin anunciou a retirada russa da Síria, que marcou o fim da fase principal da campanha militar lançada há seis meses.
No entanto, a retirada foi parcial. Algumas forças russas ainda estão implantadas na Síria e, na semana passada, contribuíram para a libertação de Palmira. O exército sírio, só com as suas forças, não poderia ter retomado Palmira do Daesh sem a assistência da Rússia, escreve a Le Point.
A Rússia desempenhou um papel importante na operação, usando a sua capacidade aérea. Os bombardeiros russos e helicópteros atacaram as colunas de veículos do Daesh que fugiam de Palmira. Os terroristas sofreram perdas recordes — 400 militantes foram mortos, segundo o Centro Sírio para os Direitos Humanos.
"Vladimir Putin é conhecido como um maestro de manobras brilhantes. Mas, desta vez, ele se superou", escreveu o autor do artigo.
Tendo desferido um duro golpe contra o Daesh, a Rússia provou o seu compromisso de lutar contra o terrorismo na Síria.
Além disso, o presidente Putin surgiu como protetor do legado cultural na Síria. Logo após Palmira ter sido retomada, a Rússia forneceu os seus especialistas em desminagem para restaurar a segurança na cidade antiga.
Falando do futuro sírio, o autor ressaltou que a situação é muito complicada e difícil de prever. O envolvimento da Rússia tem ajudado o presidente Bashar Assad a restaurar as suas posições no país. O exército sírio agora está certo que irá liberar Raqqa, a capital de fato do Daesh. No entanto, isso não será possível sem a ajuda da Rússia. Verdade é que o presidente Putin não demonstrou interesse de ir tão longe.
A estratégia inicial da Rússia foi posta em prática. As regiões cruciais para o governo sírio foram garantidas, incluindo as regiões de Damasco e as zonas alauitas ao longo da costa do Mediterrâneo.
"A Rússia entende claramente o principal perigo de uma operação militar no exterior. Uma vez que você começa, nunca sabe quando isso vai acabar", conclui o autor.