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Ex-delegado da PF que investigou corrupção no Brasil recebe asilo na Suíça

© Antônio Cruz / Arquivo- Agência BrasilEx-deputado e ex-delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz
Ex-deputado e ex-delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz - Sputnik Brasil
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O ex-deputado e ex-delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz, que, em 2008, comandou a Operação Satiagraha, recebeu nesta semana a aprovação para um pedido de asilo político na Suíça. A informação foi prestada pelo próprio Queiroz em entrevista ao site suíço Sept e confirmada pelo seu advogado no Brasil Adib Abdouni.

Protógenes alega que precisou solicitar asilo na Suíça por correr "risco de vida", podendo ser "executado" caso voltar ao Brasil. O exílio, segundo ele, começou ainda em outubro do ano passado, quando saiu do país para uma conferência em Genebra.

Admitindo precisar se apresentar à Justiça brasileira por conta de uma condenação que sofreu por abuso de poder, Protógenes confessa que "tem medo".

"Se eu voltar, serei executado. Minha vida está em jogo. A estrutura de corrupção que eu ataquei me quer morta. (…) A Justiça do meu país decidiu retirar a proteção que eu tinha quando era policial. Não tenho o direito de carregar uma arma, ou para ter um carro blindado ou uma escolta pessoal. Decidi buscar a segurança aqui na Suíça" – explicou.

Em 2008, durante as investigações da Satiagraha, Queiroz comunicou a jornalistas detalhes da operação, que gerou as prisões do empresário Naji Nahas, do ex-prefeito de São Paulo, Celso Pitta, morto em 2009, e do banqueiro Daniel Dantas.

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Em 2011, Satiagraha foi anulada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), por considerar que as provas obtidas se basearam em gravações telefônicas feitas ilegalmente.

Em 2014, a abertura dos detalhes da investigação à imprensa custou a Queiroz uma condenação no Supremo Tribunal Federal (STF) pelo crime de violação de sigilo funcional. O caso chegou ao STF porque, em 2010, Queiroz foi eleito deputado federal pelo PC do B-SP. A pena de dois anos e seis meses de detenção acabou sendo convertida em prestação de serviços comunitários e pagamento de multa.

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Protógenes foi exonerado do cargo de delegado da Polícia Federal em outubro de 2015 por transgressões disciplinares.

Em entrevista à Sept, o ex-delegado também afirmou ter colaborado de forma "discreta" com a Operação Lava Jato, que, segundo ele, corre o risco "de terminar como as anteriores, com a demissão de policiais e talvez assassinatos".

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