A peça do processo, desde a entrega do pedido até a votação do parecer na Câmara e leitura em Plenário, reúne mais de dez mil páginas. A partir de sexta-feira(15), o texto começa a ser discutido pelos 513 deputados. Até lá, governo e oposição traçam estratégias para garantir votos contra e a favor do impedimento. Para que o processo seja aprovado na Câmara serão necessários 342 votos.
Para Chinaglia, o impeachment precisa ser derrubado para derrotar aqueles que colocam em risco a estabilidade da economia do país. “A economia também foi ferida dessa forma. Não só (a economia), mas agravou os programas econômicos. Por isso eu acho que nós temos linhas de argumento que são bastante fortes.”
Já o líder do DEM, deputado Pauderney Avelino, não tem dúvidas de que o impeachment da Presidenta Dilma será aprovado no Plenário. "Quem tem votos, vota. Quem não tem, grita. O governo não tem mais votos para barrar o impeachment".
Na corrida entre oposição e governistas para participar da votação prevista para domingo(17) deputados também estão deixando ministérios e secretarias estaduais para reassumir seus mandatos. A oposição deu início até a um bolão, com apostas que custam R$100, referente ao placar de votos de domingo. A ideia dos deputados do Solidariedade, Paulinho da Força(SP) e Carlos Manato (ES), é premiar quem acertar integralmente o resultado. Se ninguém acertar, o dinheiro vai ser doado para caridade, explicou o deputado Manato.