Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), também referido como Banco dos BRICS, aprovou ontem (14), seus primeiros projetos a serem realizados nos países do bloco. Os quatro projetos de energia renovável, escolhidos anteriormente pela diretoria da instituição financeira, receberam o aval do Conselho de Governadores.
Já o Brasil receberá US$ 300 milhões (R$ 1 bilhão) para a realização de projetos de energia renovável, como solar e eólica. Os primeiros desembolsos estão previstos para este ano, sendo o BNDES a operadora da linha de crédito.
A Índia, que preside o bloco este ano, terá direito ao empréstimo de US$ 250 milhões para o programa de energia solar no estado de Karnataka.
New Development Bank sanctioned 4 loans including a loan of US$ 250 million for a renewable energy scheme in India.Good beginning.
— Shaktikanta Das (@DasShaktikanta) 15 апреля 2016 г.
No total, o Conselho aprovou o financiamento de US$ 811 milhões (R$ 2,840 bilhões). Cada país membro do bloco apresentou um projeto na área de energia renovável a ser financiado pelo banco.
A reunião realizada e o processo da escolha de projetos foram criticados por falta de transparência, inclusive nos critérios dessa escolha, o que parece verdade, já que as informações sobre o destino de outros 261 milhões alegadamente distribuídos entre a África do Sul e a China não foi comentado.
O acordo que oficializou a criação do banco, cujo principal objetivo é o financiamento de projetos de infraestrutura e desenvolvimento em países pobres e emergentes foi assinado em 15 de julho de 2014, durante a sexta cúpula do BRICS, em Fortaleza, no Ceará, pelos líderes do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.