Em conversa com Sputnik, Chiesa explicou que, inicialmente, o livro iria se chamar “Russofobia 2.0”’. No entanto, o seu editor sugeriu o título “Putinfobia”, que agradou o autor. “Concordei com essa sugestão, porque hoje, na Itália e no Ocidente em geral, a figura de Vladimir Putin representa a Rússia contemporânea. Essa situação pode ser interpretada do jeito que for, mas é um fato”, disse Chiesa.
“Vladimir Putin se tornou, há tempos, num dos políticos mais populares do mundo. Apesar disso, as assim denominadas mídias globais difamam ele de modo sistemático. Vale notar que, com frequência, o resultado da difamação é oposto. Por isso eu quis entender por que a popularidade do líder russo não para de crescer, mesmo com todos os esforços e recursos despendidos para o difamar”, explicou o jornalista.
Ao comentar essas perguntas para Sputnik, Chiesa destacou que sempre faz essas perguntas ao público em suas apresentações. “Tenho certeza de que a Rússia, além de não representar perigo, é a nossa maior aliada e um parceiro estratégico para muitos anos. Por isso a resposta é muito simples, e o livro a apresenta. Rússia não é uma ameaça para o Ocidente.”
Giulietto Chiesa foi correspondente do l'Unita e da La Stampa em Moscou por mais de 20 anos . Em 2004 foi eleito deputado do Parlamento Europeu, onde integrou diversas comissões parlamentares.