“Cancelamos não o projeto mas os resultados do leilão. Em breve entraremos na nova etapa, da qual participarão empresas nacionais, inclusive a Roketsan e a Havelsan. Continuamos a elaboração de sistemas de curto, médio e longo alcance, ampliando gradualmente os tipos de mísseis. Não faremos nenhumas compras diretas e o sistema de DAM que estamos elaborando será integrado no sistema da OTAN. Consideramos que o trabalho conjunto com a OTAN acelerará o processo“, declarou Demir em entrevista ao jornal Hurriyet.
Segundo ele, o objetivo turco é produzir no país todo o equipamento de defesa e os seus componentes.
“Embora a Turquia tivesse começado a desenvolver a sua indústria militar tarde demais, agora produz equipamentos no valor de 15 bilhões de dólares, nesta indústria trabalham mais de 35 mil pessoas”, disse Demir.
O leilão de compra de componentes para o sistema de DAM foi anunciado em 2009. Em setembro de 2013, a empresa chinesa CPMIEC que propôs o preço de 3,4 bilhões de dólares, tornou-se vencedora. Além da empresa chinesa, no leilão foram apresentadas propostas do consórcio norte-americano Raytheon & Lockheed Martin, do consórcio franco-italiano Eurosam e da empresa estatal russa Rosoboronexport.
Ao invés dos concorrentes, a China admitiu que parte dos componentes de sistemas de mísseis será produzida na Turquia e concordou passar algumas tecnologias à parte turca. Entretanto, as partes não atingiram um acordo final. Além disso, a vitória da China provocou pressão nos turcos por parte dos seus aliados na OTAN.
O sistema de DAM na Europa deve ser completamente instalado na Europa até 2018. A primeira etapa inclui a instalação de mísseis interceptores na Europa Oriental. Washington afirma que a ameaça principal para a Europa parte da Coreia do Norte e do Irã.