Agenda política de Kiev reflete a falta de vontade de honrar os acordos de Minsk

© Sputnik / Mikhail VoskresenskyRepresentante oficial do Ministério das Relações Exteriores russo, Maria Zakharova, durante a entrevista coletiva semanal, Moscou, Rússia, 25 de fevereiro de 2016
Representante oficial do Ministério das Relações Exteriores russo, Maria Zakharova, durante a entrevista coletiva semanal, Moscou, Rússia, 25 de fevereiro de 2016 - Sputnik Brasil
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A agenda política de Kiev demonstra a falta de vontade de honrar os acordos de Minsk, opinou a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, nesta terça-feira.

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Esta afirmação, segundo Zakharova, se fundamenta na observação de que as principais notícias na Ucrânia nos últimos dias tem sido sobre a proibição de turnês de artistas favoráveis à Rússia, sobre perseguição ao jornalista Savik Shuster, famoso por sua crítica à corrupção no atual governo, bem como sobre os pedidos do governador da região de Odessa e ex-presidente da Geórgia, Mikheil Saakashvili, feitos ao presidente Poroshenko, de “colocar as coisas em ordem” no país.  

“De que reforma constitucional e de que realização de acordos de Minsk por parte da Ucrânia se pode falar, enquanto o notícias ucraniano estiver assim?”, escreveu Zakharova em sua página no Facebook.

Em abril de 2014, Kiev iniciou uma operação militar nas províncias de Donetsk e Lugansk para reprimir os movimentos independentistas que surgiram na região após a mudança violenta de poder no país, ocorrida em fevereiro do mesmo ano. 

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Desde então, as hostilidades já deixaram mais de nove mil mortos e 20.700 feridos, segundo dados da ONU.

O último acordo alcançado no formato da Normandia em Minsk, assinado em 12 de fevereiro do ano passado, prevê um cessar-fogo total no leste da Ucrânia, a retirada de armas pesadas da linha de contato e a criação de uma zona de segurança, assim como uma nova Constituição cuja entrada em vigor deveria ter acontecido até o final de 2015, com a descentralização como elemento-chave (tendo em vista as particularidades das regiões de Donetsk e Lugansk, acordadas com os representantes destas áreas).

Os dois lados não conseguiram cumprir os acordos no prazo previsto, que foi prolongado para 2016.

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