Militares turcos continuam matando refugiados na fronteira com a Síria

© AFP 2023 / BULENT KILIC Mãos de crianças curdas sírias em campo de refugiados
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Nos últimos três meses militares turcos mataram 17 refugiados e deixaram outros 20 feridos na franteira com a Síria, revelou em entrevista à Sputnik o chefe da Associação Turca de Direitos Humanos, Ozturk Turkdogan.

"Em três meses desse ano as Forças Armadas da Turquia mataram 17 refugiados que tentavam atravessar a fronteira com a Síria. Outras 20 pessoas foram feridas pelas forças policiais. Estamos acompanhando de perto o que está acontecendo na fronteira turco-síria. No momento, um grande número de refugiados árabes sunitas encontra-se na região curda da Síria, próximo à cidade de Afrin. E ninguém vai para a Turquia, porque as pessoas têm medo. Após a escalação dos combates em Aleppo muitos refugiados sunitas foram para províncias curdas, mas eles têm medo de ir para a Turquia" — disse Turkdogan.

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De acordo com a Associação Turca de Direitos Humanos 25 refugiados sírios foram mortos na fronteira turco-síria em 2015. No mesmo período, 52 migrantes, incluindo crianças, receberam ferimentos de bala de militares da Turquia.

Em janeiro de 2016, a organização de proteção dos direitos humanos Anistia Internacional (AI) apresentou provas desses assassinatos.

Mais cedo, o jornal britânico The Times, citando o Centro de Observação dos Direitos Humanos Sírio, informou sobre fuzilamentos de refugiados sírios por funcionários da aduana turca. De acordo com a publicação, nos últimos quarto meses assim foram assassinados pelo menos 16 migrantes, inclusive três crianças. A Turquia negou todas as acusações, chamando-as de “amorais”.

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