Já o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, reafirmou que o processo de impeachment é golpe, e explicou aos senadores que para haver um processo de impeachment é preciso que haja um “atentado” à Constituição, o que segundo o ministro, não aconteceu no governo da Presidenta Dilma. “Não é qualquer desrespeito à Constituição que pode gerar o impeachment. Não é qualquer situação de violação, de colisão com as zonas constitucionais que pode gerar o impeachment. É um atentado à Constituição. É uma ação que atinge os eixos centrais do Estado na sua estrutura. É uma ação que atinge princípios sensíveis sem os quais o Estado Democrático de Direito não consegue se manter. É por isso, nessa situação extrema que a Constituição diz, que neste caso pode haver o impeachment.”
Na segunda-feira (2), a Comissão do impeachment no Senado vai ouvir os depoimentos do procurador de Contas junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Júlio Marcelo de Oliveira; Carlos Velloso, que é ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF); e o professo da USP, José Maurício Conti, que são todos a favor do afastamento da Presidenta.
Na terça-feira, dia 3, vão ser ouvidos, a pedido dos governistas, o professor da UFRJ, Geraldo Luiz Mascarenhas Prado; Ricardo Lodi Ribeiro, professor da UERJ; e o ex-presidente da OAB, Marcello Lavenère.
Está marcada para quarta-feira, 4 de maio, a apresentação do relatório e a votação deve ocorrer na sexta-feira, dia 6 de maio.
De acordo com o calendário da Comissão, no plenário, o parecer está previsto para ser analisado no dia 11 de maio.