Citando dados da organização não-governamental Physicians for Human Rights, o secretário-geral informou que desde o início do conflito sírio esses ataques já causaram a morte de mais 730 funcionários médicos.
"Hoje, praticamente a metade das instituições médicas encontram-se totalmente ou parcialmente fechadas na Síria. Milhões de sírios foram privados de serviços médicos essenciais" – destacou Ban Ki-moon.
A declaração foi feita logo após o Conselho de Segurança da ONU ter aprovado uma resolução condenando ataques contra instituições médicas e agentes de serviços humanitários em países atingidos por conflitos – documento apresentado por membros não permanentes do Conselho – Egito, Nova Zelândia, Espanha, Uruguai e Japão.
O secretário-geral da ONU citou ainda o bombardeio a um hospital da organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) ocorrido em Aleppo, na semana passada, destacando que esse ataque, "segundo tudo indica, realizado pelo governo sírio, destruiu o hospital levando a vida de pelo menos 20 pessoas, incluindo três crianças e o único pediatra dessa região".
Ban Ki-moon declarou que a mesma situação acontece "de forma sistemática" no Iêmen. "Mais de 600 instituições foram fechadas em decorrência de destruições provocadas pelo conflito e pela escassez de recuros e funcionários médicos" – disse.