O Ministério da Defesa da Rússia e o Departamento da Defesa dos EUA alcançaram “o entendimento total” no que se refere aos voos das forças aéreas na Síria, declarou durante um briefing na quarta-feira (4) o major-general Igor Konashenkov, representante oficial da austeridade russa.
“Neste momento encontramos o entendimento total, acertamos a troca de informação com os nossos colegas, onde e de que maneira organizamos os voos. Tudo é regulado neste assunto”, disse o general.
Operação aérea russa continua na mesma
Durante quatro dias, a Força Aéroespacial russa realizou 87 voos para bombardear objetos da organização terrorista Estado Islâmico (também conhecida como Daesh, organização proibida na Rússia) nas províncias de Raqqa e de Deir ez-Zor, e também destruiu sete pontos de controle dos terroristas nos arredores da aldeia de Arak.
Ganhos e perdas
Konashenkov destacou que “o grande território da Síria ainda está sob o controle do Daesh e da Frente al-Nusra”.
“Hoje as zonas mais problemáticas ficam no norte do país, na região de Aleppo, na fronteira sírio-turca em particular. É de lá, como nós declaramos muitas vezes, os terroristas recebem forças, munições e outros recursos. Se estas fontes ficam cortadas, o resto será mais fácil”, sublinhou o general.
Segundo ele, os terroristas foram prejudicados, e isto “é visível”.
“Se voltamos para sete meses há, naquela altura os grupos terroristas Daesh e Frente al-Nusra, praticamente diariamente, devoravam o território da Síria, conquistando um local depois do outro. Hoje mais de 500 localidades são libertadas dos grupos terroristas pelas forças sírias e pela oposição patriótica. São milhares de quilômetros quadrados”, disse o general.
A Síria vive desde 2011 em estado da guerra permanente e, segundo os dados da ONU, já perdeu mais de 250 mil pessoas. As tropas do governo sírio combatem vários grupos rebeldes e organizações militares, bem como grupos terroristas, inclusive o Daesh e a Frente al-Nusra, ambos proibidos na Rússia.