Na véspera, o advogado do militante da organização turca nacionalista de extrema-direita Bozkurt, adiantou esta notícia, confirmada agora, embora não oficialmente. Ele explicou que a decisão das autoridades do país é devida à falta de provas contra Celik.
“Meu cliente é o líder militar de um grupo na zona de combates ao redor da montanha Turkmen. A procuradoria analisou os materiais do caso, que se referem ao assassinato do piloto russo <…> A morte do piloto poderia ter sido provocada tanto por fragmentos de míssil, que atingiram a cabeça ou por hemorragia interna, como pelas quatro balas atiradas nele. Os vídeos disponíveis no Youtube conferem que a distância entre o piloto russo, que estava descendo de paraquedas, e o lugar onde o meu cliente estava no momento de tiros era tão grande que as balas não tinham como atingir o russo de jeito nenhum. Imagine a situação – 500 pessoas na zona de combate atirando simultaneamente. Como é que se sabe da que arma eram aquelas quatro balas? E mesmo que a arma possa ser identificada, é impossível provar a quem ela pertencia”, disse o advogado.
Segundo o canal televisivo RT, Alparslan Celik é um cidadão turco, de 32 anos, que parece ser filho do prefeito de Keban, uma pequena cidade na província turca de Elazig. Celik também pode ser integrante dos Lobos Cinzentos, organização nacionalista de jovens, também classificada como neo-fascista. Outros relatos dão conta de que Celik é comandante do grupo rebelde de turcomanos, que supostamente abriram fogo contra Peshkov quando o piloto ainda estava no ar, descendo de paraquedas.
O presidente russo, Vladimir Putin, chamou o ataque de "punhalada nas costas". As autoridades de Moscou exigem uma investigação, mas o governo turco não tomou medidas firmes até agora.