Em entrevista à agência noticiosa RIA Novosti, o professor da Universidade de Tsukuba Nakamura Itsuro destacou que "o problema principal é que não está claro se a ‘nova abordagem’ é o fato de que o Japão reconheceu que o assunto está fechado ou isso é uma ‘nova abordagem’ para continuar tentativas de resolver a disputa territorial".
"Penso que o único modo de resolver [o problema] para o Japão é reconhecer que o assunto está fechado. Entretanto, aqui surge um outro problema: se este assunto estiver fechado, o premiê japonês e o presidente russo terão nada para discutir", sublinhou.
"A parte japonesa podia propor uma variante que prevê uma entrega de ilhas Habomai e Shikotan ao Japão em resultado de conclusão do acordo de paz, enquanto a Rússia preserva direitos administrativos sobre as ilhas de Iturup e Kunashir por 30-50 anos", destacou Panov dizendo que esta variante para o Japão é um compromisso.
O especialista do Centro de Estudos do Japão do Instituo de Extremo Oriente Viktor Pavlenko disse em entrevista à rádio Sputnik que os japoneses nunca desistirão de reclamar as ilhas.
"Não penso que podem existir algumas resoluções progressivas nesta área", sublinhou.
A segunda alternativa é um retorno para a Declaração de 1956, segundo a qual, a Rússia deve entregar as ilhas Shikotan e Habomai depois de assinar o acordo de paz. Agora é o único documento que regulariza o estatuto de ilhas Curilas. A Rússia repetidamente confirmou a lealdade a este documento. As partes podem também acordar "continuar as negociações sobre Kunashir e Iturup no futuro" e criar ali, por exemplo, a zona econômica especial com as privilegias para o capital japonês.