Os ensaios ocorrerão no âmbito das negociações entre Washington e Seul sobre a possível instalação no sul da península coreana do sistema de intercepção de mísseis balísticos de médio e curto alcance THAAD. O motivo oficial é a contenção do potencial nuclear da Coreia do Norte. Entretanto, a China declara ser decisivamente contra tal medida, vendo nesta um mecanismo de contenção do seu potencial balístico.
"Acredito que a China deve condenar veementemente estes ensaios, pois trata-se do envolvimento da Coreia do Sul no sistema global de DAM norte-americano. Parece que, até o final de junho, pode ser tomada uma decisão definitiva sobre a implantação do THAAD estadunidense no sul da península coreana. Talvez isso inclua uma ou duas baterias com a respetiva infraestrutura de radares. Esta, mesmo em regime regular de monitoramento, permitirá obter informações sobre China, o que causa preocupações por parte de Pequim. Os ensaios trilaterais deste tipo podem significar que, em teoria, as partes podem criar um agrupamento naval de destroieres e cruzadores equipados com sistemas de combate Aegis e mísseis interceptores SM-3. Estes navios têm capacidade de efetuar a intercepção de lançamentos de mísseis chineses. Os sistemas a serem desenrolados na Coreia do Sul e na China, assim como os radares da Marinha permitirão detectar com antecedência os lançamentos de mísseis chineses. Os próximos ensaios podem representar um primeiro passo para tal desenrolamento".
"Em primeiro lugar, fortalecerão a defesa do litoral com vários sistemas de misseis. Acredito que a China vai prestar mais atenção ao fortalecimento do potencial da aeronáutica militar, que impediria de desenrolar qualquer agrupamento naval armado com SM-3 na proximidade das suas fronteiras. Além disso precisará de aumentar frota da sua marinha".
Seja o que for, uma nova onda de confrontação na Ásia oriental, assim como a continuação de corrida armamentista é o cenário mais provável na região. A interferência maior dos EUA nas disputas territoriais no Mar do Sul da China e no Mar da China Oriental pode provocar, no mínimo, incidentes armados.