Será que França conseguirá resolver a crise palestino-israelense?

© AP Photo / Oded BaliltyBandeiras de Israel e da Palestina
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Representante da França afirma que o país assume desinteressadamente as responsabilidades e dá a mão a todas as partes, comunicou o ministro francês das Relações Exteriores Jean-Marc Ayrault durante um encontro com representantes de Israel e da Palestina realizado em Jerusalém em 15 de maio.

O chefe da diplomacia francesa se reuniu com o primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu e com o presidente da Autoridade Nacional Palestiniana Mahmoud Abbas, para discutir as questões principais que serão abordadas na conferência internacional, marcada para 30 de maio. A conferência será realizada em Paris e tem como objetivo intensificar os esforços para relançar o processo de paz na região, que está congelado há dois anos. 

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Esta reunião ao nível ministerial deve reunir os representantes do Quarteto (Estados Unidos, ONU, União Europeia e Rússia), os membros principais da Liga Árabe e quaisquer países interessados no alcance da paz.

Os grupos de trabalho, cada dos quais será presidido por um ou dois países, devem debater os problemas-chave (desenvolvimento econômico, segurança, incentivos), comunica o primeiro-ministro. Ambas as partes participarão no processo de negociações. 

O enviado especial da França, Pierre Vimont, confirmou que o seu país está pronto para adiar o início da conferência por dois ou três dias para que o secretário de Estado dos EUA John Kerry possa participar da reunião. A data-limite da conferência é o início do Ramadã, ou seja, no final da primeira semana de junho. 

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O ministro francês disse que o atual status quo deste conflito é “insustentável e perigoso”. A França está pronta para participar do processo de paz porque ela não quer que o Daesh cresça na região.    

"A França é desinteressada" assumiu ele, mas ao mesmo tempo ela está profundamente convencida de que "é necessário fazer alguma coisa para não permitir que as ideias do Daesh se difundam nessa região". 

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Ayrault respondeu também à declaração de Netanyahu de que não acredita no "caráter desinteressado" da iniciativa francesa. O chefe do governo de Israel criticou Paris pelo seu apoio à resolução da UNESCO que pôs em causa a ligação histórica entre o lugar sagrado Monte do Templo em Israel e o judaísmo.

Ayralut disse que ele percebe que as negociações com os palestinos estão bloqueadas pela parte israelense. Ele também disse não acreditar no desinteresse de Netanyahu e assinou a importância do próximo relatório do Quarteto.

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