Assim, mais um país fora da região apoiou os apelos da China para resolver o problema por via de negociações bilaterais, informou a agência.
O Afeganistão, bem como países do Oriente árabe, apresentou pela primeira vez a tão alto nível a sua posição sobre a situação em torno da questão do mar do Sul da China. Nesta relação a mídia iraniana reagiu imediatamente.
Segundo tudo leva a crer, para a diplomacia chinesa, a busca e formação de um amplo consenso de apoio à sua posição sobre este problema é agora um tema fulcral, além de uma espécie de resposta à criação por parte dos EUA de uma aliança contra a China devido a estas disputas marítimas.
Entre os documentos assinados em 17 de maio em Pequim está também o memorando de compreensão mútua da Iniciativa Cinturão e Rota.
O especialista da Universidade de Pequim do Centro de Estudos de Estratégia Internacional Zhu Feng comentou a iniciativa à Sputnik:
“O Afeganistão é vizinho da China. A realização do projeto Cinturão e Rota pode fortalecer o componente de infraestrutura de transporte e comunicação entre os dois países, por isso o Afeganistão não deve ser excluído do projeto”.
Mesmo assim, o especialista notou que os problemas internos afegãos ligados com a segurança e a política podem minar a realização do projeto.
“Se a situação na economia afegã não melhorar, também será difícil alcançar a estabilidade política”, sublinhou.
De acordo com ele, o Afeganistão mostra a sua posição na esperança de a China o apoiar na restauração política e econômica.
Além do Afeganistão, a China é apoiada na disputa territorial relativamente ao mar do Sul da China pelo Paquistão, Irã e países do Fórum de Cooperação China – Países Árabes.
Vários países, incluindo a China, o Japão, o Vietnã e as Filipinas, estão em desacordo sobre as fronteiras marítimas e as zonas de influência no mar do Sul da China e mar da China Oriental. A China afirma que alguns destes países, como as Filipinas e o Vietnã, aproveitando o apoio dos EUA, escalam a tensão na região. Em janeiro de 2013, as Filipinas contestaram unilateralmente as reclamações da China relativamente a uma série de territórios no mar da China do Sul no Tribunal Internacional de Direito do Mar, mas Pequim se recusou oficialmente a abordar essas questões no âmbito jurídico internacional.