As manobras vão se concentrar em operações antimísseis e incluirão destroyers de mísseis guiados das três Marinhas equipados com o Sistema de Combate Aegis, que usa radares e computadores de alta potência para rastrear e guiar mísseis de curto e médio alcance para destruir alvos inimigos
Além disso, de acordo com o jornal sul-coreano The Hankyoreh, “os exercícios também parecem ser uma etapa preparatória para a ligação das redes de defesa antimíssil dos três lados".
As conversas provocaram uma reação negativa da China, que vê na proposta uma ameaça às suas fronteiras.
De acordo com Vladimir Yevseyev, diretor do Centro Russo para Pesquisa de Política Pública, tais medidas também não seriam deixadas sem resposta pela Rússia. Moscou, segundo ele, tem todos os meios para responder efetivamente à eventual implantação do sistema de defesa antimísseis norte-americano na península coreana.
"Eu acho que a resposta para a inclusão da Coreia do Sul na rede de defesa antimísseis global dos EUA na região Ásia-Pacífico será, em primeiro lugar, o reforço da força naval e aérea da China", disse o analista.
"As contramedidas poderiam incluir o fornecimento para a China de mísseis de cruzeiro russos Kalibr altamente eficientes, que poderiam ser instalados em um submarino movido a diesel. Isto permitirá responder eficazmente ao sistema de defesa antimísseis global dos EUA que atualmente está cobrindo o território do Alasca à Austrália", acrescentou.
O especialista notar que os radares dos EUA podem representar certos problemas para a Rússia, mas diz que eles vão ser altamente insuficientes.
Apesar disso, acrescentou, se a Rússia sentir quaisquer ameaças aos seus territórios na Ásia, deverá adotar medidas semelhantes às que está atualmente efetuando contra a implantação do sistema de defesa de mísseis dos EUA na Europa.