De acordo com o presidente do Comitê militar da OTAN general Petr Pavel, a maioria dos representantes da Aliança que participam na normalização da situação no Afeganistão, acredita que seria razoável manter o nível atual da presença no país, pois as condições favoráveis a retirada não se formaram ainda. Chamou o contingente militar atual no país "necessário para manutenção de estabilidade do estado afegão, e componente imprescindível da confiança do povo e sociedade do país".
"Temos que lembrar que o nosso objetivo é um Afeganistão estável e seguro, que não serviria jamais como asilo para terroristas. Eis o que eu acho, é o que eu percebi do relatório do general Nicholson, e acredito que é importante para outros [comandantes militares da aliança] ouvirem a mesma coisa", observou o novo SACEUR.
Entretanto, partidos da oposição do país tem opinião diferente. Parlamentar da "Frente do consenso nacional do Afeganistão" capitão Abdoul Haliq Karzai, entrevistado pela Sputnik disse o seguinte:
"O motivo da chegado dos EUA para o Afeganistão não foi a eliminação de terrorismo. E os últimos 15 anos evidenciaram que não foi até o combate a este vício. Forças armadas estadunidenses estabeleceram um mecanismo de fornecimento dos terroristas pelo ar. Esta é a razão da segurança deteriorante do país. Não tem estabilidade, numero de militantes cresce. Do outro lado, a guerra americana é em primeiro lugar uma operação política e econômica contra a Rússia, a Índia e a China. Dimensão militar desta operação tem a menor importância. Hoje só tem um cenário efetivo de mudar a situação – é denunciar o acordo militar com os EUA, para que estes não tenham mais justificação jurídica para sua presença no nosso país e deixem o Afeganistão para sempre. Eles tem bases militares em vários países islâmicos, porém sem resultado. Se eles deixarem o Afeganistão a paz, que esperamos tanto, venha logo".
De acordo com as informações obtidas pela Sputnik, a missão da OTAN em Afeganistão conta com 12,8 mil militares, dos quais 6,9 mil são norte-americanos. Além disso o país tem 2,9 mil militares americanos em missão especial de combate ao terrorismo.