Em entrevista à agência Sputnik, Mikhail Belyat afirmou que a nomeação do novo embaixador norte-americano está relacionada, primeiramente, com a mudança do quadro político no Brasil.
Ministério aceita Peter McKinley como embaixador dos EUA no Brasil https://t.co/eSyxTOOENI pic.twitter.com/A08TkwVAF6
— Metrópoles (@Metropoles) 27 мая 2016 г.
Ele também expressou a preocupação por causa do agravamento da situação política e econômica no Brasil, afirmando que ela era fruto dos últimos acontecimentos, que a presidente afastada Dilma Rousseff qualificou como um golpe de Estado.
Nestas circunstâncias vem o novo embaixador estadunidense, Peter Michael McKinley, diplomata de carreira, que ao longo da sua vida trabalhou em países “difíceis” para os EUA.
O analista também afirmou que o novo governo enfrenta uma escolha muito difícil: ou “perder tudo”, porque a situação política e econômica no país esta piorando drasticamente, convocando novas eleições extraordinárias, ou tentar permanecer no poder, de acordo com a legislação nacional, para mostrar a prontidão e vontade de concorrer às eleições de 2018.
“Do meu ponto da vista, a principal missão do novo embaixador estadunidense será ajudar o novo governo brasileiro e Michel Temer, em particular, a consolidar o sucesso de afastamento do governo de Dilma e resolver a grave crise politica e econômica no Brasil”, acrescentou o analista.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, indicou Peter Michael McKinley como o novo embaixador americano no Brasil no fim da tarde de quarta-feira (25).
O diplomata tem uma relação estreita com a América Latina. Filho de pais americanos nascido na Venezuela, ele passou parte da infância no Brasil e no México. Ele é pós-graduado em Estudos Latino-Americanos pela Universidade de Oxford e é autor do livro Pre-Revolutionary Caracas: Politics, Economy and Society, 1777-1811, publicado em 1985.
Ele também já ocupou cargos no gabinete do Subsecretário Regional de Assuntos Políticos, no escritório da África Austral e no Centro de Inteligência e Pesquisa do Departamento de Estado. O Itamaraty já confirmou sua indicação, que deve passar sem problemas pelo Senado.