Segundo a edição japonesa, as relações com a Rússia poderão "provocar a discórdia" entre os países que integram o G7. As divergências surgiram devido à falta de progressos na aplicação dos acordos de paz de Minsk sobre a crise ucraniana.
Os líderes do grupo dos países mais industrializados — Grã-Bretanha, Itália, Alemanha, França, Canadá, Japão e Estados Unidos — reuniram-se na quinta-feira (26) para uma cúpula de dois dias em Ise Shima, Japão. Na reunião são tradicionalmente discutidas as questões econômicas globais.
O governo japonês diz que o "fator mais importante é a posição construtiva da Rússia sobre a questão". Tóquio também ressalta que a cooperação com Moscou é possível, especialmente na Síria.
No início de maio, Abe visitou o balneário russo de Sochi, manteve conversações com Putin e apresentou o plano econômico de cooperação de oito pontos entre os dois países, que abrange áreas como a exploração de petróleo e gás e a modernização de portos e aeroportos no Extremo Oriente russo. Após a visita, Abe disse que ele "sentia um grande avanço" nas relações do Japão com Moscou.
Pelo contrário, o primeiro-ministro britânico David Cameron destacou durante uma conferência de imprensa que o Ocidente não se devia esquecer que "a Rússia invadiu a Ucrânia", segundo o jornal.
Os líderes do G7 salientaram que as sanções contra a Rússia continuariam a existir até à plena implementação do acordo de paz de Minsk, adicionando, no entanto, que a manutenção de um diálogo constante com a Rússia é crucial para a resolução pacífica da crise.
Em 2014, a participação da Rússia no Grupo dos Oito foi suspensa após a reunificação da Crimeia e o conflito militar na Ucrânia. Nesse ano, os membros do G7 disseram que não se deslocariam à cidade russa de Sochi para uma cúpula do grupo, que estava marcada para 4-5 de junho de 2014. Em vez disso, eles se encontraram em Bruxelas sem o presidente Putin.