Washington tinha adoptado um documento similar no ano passado.
"A Estratégia de Segurança Nacional norte-americana de 2015 está imbuída de espírito militar. O documento indica a Rússia como a ameaça principal. Washington está pressionando os seus aliados para que adoptem esta abordagem. Os países europeus incluíram várias cláusulas nas suas doutrinas militares", comunicou o vice-presidente da Academia russa de Problemas Geopolíticos, general Leonid Ivashov.
"Subconscientemente, os europeus estão totalmente contra a beligerância de Washington", disse ele, acrescentando que a Rússia deve ser paciente. Moscou "deve apelar à consciência deles, lembrar-lhes os esforços conjuntos na luta contra o fascismo e atuar mais ativamente com as partes da comunidade europeia".
"O governo da Alemanha decidiu classificar a Rússia como o 'rival' da Alemanha, mostrando que Merkel colocou o país sob o controle da administração Obama. No entanto, este passo não reflete o estado real das coisas", comunicou ele.
"O documento anterior de 2006 se referia à Rússia como país parceiro, mas isso era hipocrisia. Eles se diziam nossos parceiros numa altura em que nós estávamos prontos a abandonar os nossos interesses e a dar-lhes os nossos recursos, incluindo os nossos avanços científicos e tecnológicos", sublinhou ele.
Segundo a opinião de Sivkov a única estratégia viável da Rússia nesta situação deve se concentrar na intensificação do seu poder geopolítico. Isto forçará a Alemanha e outros países ocidentais a tratar Moscou como igual.
Segundo o jornal, a decisão da Alemanha foi ditada pela reunificação da Crimeia com a Rússia, a interferência de Moscou nas questões internas da Ucrânia, bem como o substancial crescimento militar do país. A Rússia tem repetidamente classificado estes alegações como infundadas.