Na opinião dele, em primeiro lugar, devem ser corrigidas as declarações do chanceler turco, pois o país não tem um sistema de defesa antimíssil. Somente tem um radar que integra este sistema alocado em três países, sendo eles a Turquia, a Romênia e a Polônia. Parece que Mevlüt Çavuşoğlu está mal-informado sobre o assunto, reclama o militar aposentado.
"O problema do atual governo turco é que não estuda a história do assunto. A ampliação do sistema de defesa antimíssil tem origem ainda no Tratado ABM, assinado pela URSS e pelos EUA em 1972. Este tratado visava eliminar a ameaça de um agravamento posterior da corrida armamentista. Entretanto, os Estados Unidos abandonaram unilateralmente o Tratado. Então foi Washington, que retomou de fato a corrida de armamentos, e não Moscou, quem deu início ao processo".
O ex-militar duvida que o atual chanceler turco conheça o desenvolvimento da situação no período entre 1972 e 2002, assim como o que aconteceu depois daquele ano. Pois qualquer especialista neste assunto diria logo que “qualquer tentativa de ampliar a DAM da OTAN vai levar a uma nova corrida armamentista”. Vai ser o retorno aos tempos da "guerra fria", o que é preocupante.
Resumindo, o ex-militar reiterou a importância da cooperação dos líderes dos nossos países a respeito da segurança integral da Europa. Devem evitar se envolverem nas provocações de certos grupos políticos que tentam promover seus próprios interesses no período eleitoral, disse o general, se referindo aos EUA.