"As ameaças contra figuras públicas de origem turca são inaceitáveis", afirmou o ministro do Interior da Alemanha, Thomas de Maizière, durante uma reunião com os oficiais da polícia do país.
As ameaças têm que ser tratadas de uma forma séria afirmou Cem Ozdemir, político de origem turca do Partido Verde e autor do projeto de lei sobre o reconhecimento do genocídio arménio.
A votação dos parlamentares alemães indignou o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, e o seu Governo, que não reconhecem o massacre de centenas de milhares de armênios no Império Otomano, em 1915, como genocídio.
"Tem que se fazer uma análise médica do seu sangue. As pessoas que têm sangue turco nas suas veias jamais acusariam este povo de genocida", declarou o presidente turco dias atrás.
A Turquia não quer categoricamente reconhecer como "genocídio" o massacre de armênios, durante o qual centenas de milhares de armênios perderam a vida entre 1915 e 1917. Segundo a versão oficial turca, eles foram vítimas da Primeira Guerra Mundial.
O Ministério das Relações Exteriores alemão aconselhou anteriormente os deputados de origem turca que se abstivessem de viajar à Turquia, por motivos de segurança.