"Em outubro de 2014, cerca de alguns meses após a introdução das sanções contra a Rússia, já tínhamos pensado que a perda da parceira russa era um erro tanto a nível político (conflito na Síria) como econômico (pelo nosso setor agrícola), que iríamos pagar caro", diz a carta.
"Recordemos que os EUA tinham também imposto sanções, predominantemente econômicas, contra a Rússia, mas eles nunca chegaram ao ponto de pôr em perigo a cooperação com os chefes de serviços de inteligência. Então, porque estamos nós fazendo tantos esforços para isso, sacrificando a nossa própria segurança".
"A Rússia, graças às suas posições na Síria, tem acesso a informação valiosa sobre o Daesh. Além disso, devemos aprender a agir com responsabilidade, de uma maneira concreta e acabar com os ideais que não satisfazem ninguém. Essa política não é uma escolha, mas é um dever imposto pelo mundo à nossa volta", diz a carta.
De acordo com os autores da carta agora na Europa existe um número crescente de políticos que chamam a rever ou mesmo a levantar as sanções.
"A História dará razão àqueles que têm a coragem política para fazer tal declaração", diz a carta.
Após o referendo da reunificação da Crimeia com a Rússia em 2014, os EUA e a UE impuseram sanções contra a Rússia, incluindo restrições econômicas. Em agosto de 2014 Moscou respondeu com um embargo sobre as importações de produtos alimentares provenientes desses países.
Na semana passada, o Senado Francês adoptou uma resolução sobre a necessidade de abrandamento gradual das sanções.
A cúpula dos líderes da União Europeia está prevista para o fim de junho (28-29). É provável que a questão das sanções contra a Rússia faça parte da agenda.