Lajcak sublinhou que o diálogo construtivo na Europa é necessário porque há uma "demanda crescente de discussão política" sobre as sanções contra a Rússia. Ele acrescentou que países como Itália, Bulgária e Grécia estão interessados em abrandar as restrições.
"Eu não peço a abolição das sanções. Mas o que eu não quero ver é que nós formalmente mantemos as sanções, somos a favor das sanções, mas todo o mundo está assinando grandes negócios com a Rússia, visitando, conhecendo pessoas que estão na lista negra", disse Lajcak citado pela agência Reuters.
No entanto, de acordo com o chanceler britânico Philip Hammond, as sanções não serão levantadas até que os acordos de Minsk sejam totalmente implementados.
"Se você quer um abrandamento das sanções, cumpra os acordos em Minsk, e não só alguns deles <…>. Os russos estão jogando um jogo, sinceramente é um jogo de dividir para conquistar, tendo como alvo aqueles que têm a intenção de falar sobre o abrandamento das sanções, fazendo pressão sobre eles. É um grande erro", disse ele.
Esta decisão entrará em vigor na sexta-feira, 24 de junho, se não houver qualquer objeção por parte da França. No início de junho, o Senado francês aprovou por maioria uma resolução recomendando o abrandamento do regime de sanções contra a Rússia. Os autores apelaram ao Governo da França para este insistir, durante a discussão do tema em Bruxelas, no abrandamento do regime de sanções à medida do cumprimento dos acordos de Minsk.
Ao mesmo tempo, a França reafirmou o seu compromisso de manter as sanções até que os acordos de Minsk sejam implementados. No entanto, Paris quer que os líderes da UE também busquem uma aproximação com Moscou.
Após o referendo de reunificação da Crimeia com a Rússia em 2014, os EUA e a UE impuseram sanções contra Moscou, incluindo restrições econômicas. Em agosto de 2014, Moscou respondeu com um embargo sobre as importações de produtos alimentares provenientes desses países.