"A instalação do sistema de defesa antimíssil no território de Coreia do Sul foi elaborado por norte-americanos tendo em conta o seu projeto global em relação à Rússia e à China – neutralizar os meios nucleares de contenção destes dois países. A Coreia do Norte tornou-se um pretexto conveniente que justifica a instalação do sistema de defesa antimíssil. Se não existisse a Coreia do Norte os norte-americanos inventariam algo mais, como a atual situação na Europa prova bem. Ali por muito tempo o pretexto principal para instalar este sistema foi o programa nuclear iraniano. Quando, afinal de contas, o assunto iraniano foi fechado, os norte-americanos continuaram a realizar os seus planos", disse Zhebin.
"É preciso ponderar o que é melhor para a Rússia. Na minha opinião, a primeira variante é melhor para a segurança da Rússia do que a presença <…> da DAM norte-americana. Isso acontecerá, sem dúvida, caso a Coreia seja reunificada sob as condições dos EUA e da Coreia do Sul", disse.
Zhebin frisou que a estrutura militar da OTAN na Europa já está perigosamente perto da fronteira russa. A mesma coisa acontecerá na Ásia se o colapso da Coreia do Norte ocorrer.
"Os sul-coreanos compreendem-no bem mas este país não tem plena soberania. São os generais norte-americanos que comandam as Forças Armadas da Coreia do Sul. E, em tempo de guerra, o comando das tropas sul-coreanas passa de modo automático não para o presidente da Coreia do Sul mas para os comandantes dos EUA deslocados na Coreia do Sul".
A elite sul-coreana não possui vontade política e não é capaz de agir de modo independente.
É pouco provável que o sonho norte-americano de unir as duas Coreias seja realizado no futuro próximo porque as ações dos EUA não levam ao diálogo pacífico mas geram ainda mais tensões na região.