A búlgara Irina Bokova é capaz de não só reforçar a posição das mulheres na política, mas sabe muito bem falar russo, escreve Le Nouvel Observateur. Por muitos anos ela liderou a UNESCO, sendo fluente em várias línguas europeias. Mas ela estudou Relações Internacionais em Moscovo e é, portanto, também fluente em russo. No entanto, sua candidatura encontra grande oposição dos Estados Unidos. Porquê? Sergei Manukov, analista político, colunista da revista Expert, explica à Sputnik as possíveis razões.
— Irina Bokova se tornou pouco conveniente para Washington muito mais cedo, em 2011, quando ela levou a UNESCO a reconhecer a Palestina. Em seguida, Israel e os Estados Unidos pararam mesmo de pagar contribuições. <…> Devido a ter estudado em Moscou é considerada quase uma amiga do presidente da Rússia Vladimir Putin. E tudo isso se torna suficiente para que os americanos e seus apoiantes tradicionais britânicos se oponham à sua eleição.
— Não acredito que o cargo de secretário-geral da ONU possa agora ser assumido por um representante da Europa Oriental, porque as Nações Unidas têm sido um campo de batalha para o Ocidente há muito tempo. Portanto, eles precisam de um árbitro que se incline mais para aqueles que têm influência nas eleições.