A televisão e rádio nacionais da China têm mostrado quatro testes bem-sucedidos do seu sistema GMD (sigla inglesa para Defesa Terrestre de Médio Alcance) realizados na base militar de Korla (província de Xinjiang).
U.S. deploys THAAD in S. Korea with hidden agenda https://t.co/24xSt1CRWS pic.twitter.com/WMJfflBP6I
— China Xinhua News (@XHNews) 29 июля 2016 г.
O sistema, que começou sendo desenvolvido em 2007 e cujo último teste foi realizado em outubro passado, tem o objetivo de abater mísseis e satélites em órbita baixa, de acordo com o jornal South China Morning Post.
O sistema GMD utiliza mísseis HQ-19 que não possuem ogivas nucleares, dizem os especialistas militares.
A televisão anunciou que os quatro testes demostraram que a China já pode contar com a defesa antimíssil em cenário de guerra. Também nesta semana, a China apresentou vários dos seus mísseis de última geração.
O THAAD, que começará operando no final do próximo ano, é considerado por muitos especialistas como um elemento desestabilizador na região por causa da sua capacidade de controlar uma grande parte do território chinês e russo.
A mídia chinesa considera que a implantação do THAAD vai provocar uma corrida armamentista na Ásia, uma região onde continuam existindo muitos conflitos históricos e reivindicações territoriais.
A Coreia do Sul e os Estados Unidos afirmam que, através deste acordo, apenas procuram se defender dos mísseis norte-coreanos, mas não conseguiram convencer China e Rússia.
Devido ao aumento do número de lançamentos de mísseis realizados pela Coreia do Norte nos últimos meses, Seul se sentiu incentivada à aceitar a proposta estadunidense de instalar o escudo. Há anos que Washington vinha trabalhando nesta ideia.
Segundo o representante do Ministério da Defesa sul-coreano, o desdobramento do sistema THAAD vai proteger as usinas nucleares, tanques de armazenamento de petróleo e instalações militares do país.
Por sua vez, a Coreia do Norte ameaçou com uma "ação física" em resposta aos planos norte-americanos na Coreia do Sul.