China testa defesa antimíssil como resposta ao THAAD

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A China realizou testes do seu sistema de defesa antimíssil que podem ser considerados como uma resposta à instalação do sistema de defesa antimíssil americano THAAD na Coreia do Sul.

A televisão e rádio nacionais da China têm mostrado quatro testes bem-sucedidos do seu sistema GMD (sigla inglesa para Defesa Terrestre de Médio Alcance) realizados na base militar de Korla (província de Xinjiang).

​O sistema, que começou sendo desenvolvido em 2007 e cujo último teste foi realizado em outubro passado, tem o objetivo de abater mísseis e satélites em órbita baixa, de acordo com o jornal South China Morning Post.

O sistema GMD utiliza mísseis HQ-19 que não possuem ogivas nucleares, dizem os especialistas militares.

A televisão anunciou que os quatro testes demostraram que a China já pode contar com a defesa antimíssil em cenário de guerra. Também nesta semana, a China apresentou vários dos seus mísseis de última geração.

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O porta-voz do Ministério da Defesa chinês, Yang Yujun, afirmou nesta semana que o sistema não foi apontado contra nenhum país em particular e não afetará a estabilidade da defesa global, repetindo os argumentos de Seul e Washington que foram apresentados para responder às alegações de Pequim e Moscou sobre o escudo THAAD.

O THAAD, que começará operando no final do próximo ano, é considerado por muitos especialistas como um elemento desestabilizador na região por causa da sua capacidade de controlar uma grande parte do território chinês e russo.

A mídia chinesa considera que a implantação do THAAD vai provocar uma corrida armamentista na Ásia, uma região onde continuam existindo muitos conflitos históricos e reivindicações territoriais.

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Especialista: sul-coreanos temem THAAD por uma razão válida
Moscou e Pequim protestaram veementemente contra a instalação do escudo antimíssil, conhecido como THAAD, que será instalado em breve, entendendo que Washington vai usá-lo para quebrar o equilíbrio militar na região.

A Coreia do Sul e os Estados Unidos afirmam que, através deste acordo, apenas procuram se defender dos mísseis norte-coreanos, mas não conseguiram convencer China e Rússia.

Devido ao aumento do número de lançamentos de mísseis realizados pela Coreia do Norte nos últimos meses, Seul se sentiu incentivada à aceitar a proposta estadunidense de instalar o escudo. Há anos que Washington vinha trabalhando nesta ideia.

Segundo o representante do Ministério da Defesa sul-coreano, o desdobramento do sistema THAAD vai proteger as usinas nucleares, tanques de armazenamento de petróleo e instalações militares do país.

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Sistema de defesa antimíssil THAAD protegerá 2/3 do território da Coreia do Sul
A implantação do sistema de defesa antimíssil THAAD foi anunciada no início de julho. Em seu discurso à comissão parlamentar das relações exteriores, Yun Byung-Se observou que o THAAD "não é direcionado contra China, Rússia ou qualquer outro país. <…> Nós queremos dar ênfase que a nossa decisão, é baseada na defesa contra armas nucleares e mísseis balísticos da Coreia do Norte, que estão aumentando em número diariamente".

Por sua vez, a Coreia do Norte ameaçou com uma "ação física" em resposta aos planos norte-americanos na Coreia do Sul.

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