As forças de Damasco, apoiadas por aviões russos e seus aliados locais, estão se esforçando para libertar Aleppo, informa o jornal russo Vzglyad.
A edição ressalta que os recentes combates pela segunda maior cidade síria têm se transformado em uma verdadeira 'corrida por reforços'.
Vzglyad indica que o exército sírio e seus apoiantes só serão capazes de libertar Aleppo quando as reservas (munições e baterias de rádio) dos terroristas barrados na cidade se esgotarem.
Nenhum perito pode prever quando isso acontecerá. "Mesmo a Agência Central de Inteligência (CIA) não tem noção sobre quantos recursos [grupos radicais combatendo em Aleppo] têm, especialmente quando muitos deles afirmavam ser democratas e liberais", indica o jornal.
Parece que a batalha por Aleppo será demorada e cruel. No final de julho as tropas do governo sírio sitiaram as áreas tomadas por rebeldes após uma operação prolongada, mas, no sábado, grupos de militantes estabeleceram um corredor durante uma ofensiva perto da academia militar, situada no bairro de al-Ramousiyeh.
"O corredor é estreito e inútil no momento. Ninguém pode usá-lo. Ataques de artilharia, lançamentos de mísseis e bombardeios intensos por caças russos e sírios 24 horas por dia deixam os grupos terroristas sem chance de enviar armas, munições e equipamento médico aos bairros de Aleppo tomados por militantes", informam fontes não reveladas.
Segundo recentes informações, o corredor militar foi fechado, pois o Exército de Conquista (Jaish al-Fatah) se mostra incapaz de reforçar suas posições.
A dificuldade é que as forças de Damasco não possuem caças suficientes para chegarem mais perto das áreas controladas pelos rebeldes.
É por essa razão que a edição russa chamou essa nova etapa militar de 'corrida por reforços'. O Vzglyad escreve que os eventos dos próximos dias mostrarão se o exército sírio será ou não capaz de ultrapassar esse desafio.