A OTAN ainda não respondeu à iniciativa da Rússia para discutir assuntos ligados aos voos de aviões militares que ultrapassam mar e países Bálticos com transponders, informou o diretor do departamento de cooperação europeia da Rússia, Andrei Kelin.
Anteriormente, o vice-ministro de Defesa russo, Anatoly Antonov, declarou que a Rússia está pronta para trabalhar em conjunto para a eliminação de incidentes no mar e no ar, na base de acordos bilaterais na área, bem como para tentar resolver possíveis problemas que envolvam os ministérios da Letônia, Lituânia, Estônia, Polônia, Suécia e Finlândia.
"A OTAN é uma organização militar, e a falta de um adversário bate muito na sua existência, principalmente, financeira. Para a Aliança, a presença de uma certa tensão é essencial. E, quando o problema for resolvido, surge a questão: será tão necessário dar à OTAN tanto dinheiro? Deixando a Aliança na responsabilidade de provar a sua utilidade. Portanto, acho que a OTAN, nesta disputa de interesses, vai tomar o lado dos Estados da linha de frente", disse Zhuravlev durante a transmissão da rádio Sputnik.
Na opinião do político, os países Bálticos são os principais adversários nos acordos que buscam resolver problemas de segurança na região.
"Para os países Bálticos, atualmente, questões técnicas não são muito importantes, ligar ou desligar os transponders, o importante mesmo é manter a posição militar e política: "os russos não devem sobrevoar o Báltico". E se os países Bálticos chegarem a discutir sobre desativação do sistema de identificação, ficará claro entre eles a necessidade de sobrevoo. Eis o que para eles é inaceitável. Para eles, isso não é uma questão militar-técnica, para eles é uma questão político-militar", disse Zhuravlev.
"Realmente o único participante da OTAN no Báltico que pode afetar é os EUA. Por enquanto não falaram sobre o assunto, porque estão preocupados com as eleições. Se Trump ganhar, haverá uma posição, se Clinton ganhar, outra. Por isso, diplomatas americanos não querem se pronunciar ainda. A questão sobre transponders nos aviões militares será decidida após as eleições", conclui Dmitry Zhuravlev.