Especialista: ausência de adversário ameaça existência da OTAN

© AP Photo / Alik KepliczSoldado da Holanda depois dos exercícios da OTAN Noble Jump, Polônia
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OTAN não responde ao apelo da Rússia para negociar segurança dos voos sobre o Báltico, informa chancelaria russa. O politólogo Dmitry Zhuravlev partilhou com a Rádio Sputnik a sua opinião, dizendo que para a aliança é muito útil a presença de certa tensão.

A OTAN ainda não respondeu à iniciativa da Rússia para discutir assuntos ligados aos voos de aviões militares que ultrapassam mar e países Bálticos com transponders, informou o diretor do departamento de cooperação europeia da Rússia, Andrei Kelin.

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De acordo com o diplomata, Moscou propôs discussão do tema no final de agosto ou no início de setembro, convidando à capital russa os especialistas militares da OTAN. Kelin ressaltou que os aviões russos, a partir de agora, vão voar a Kaliningrado com transponders ligados. Ele destacou que na OTAN se desenrola uma difícil luta entre os Estados chamados "da linha de frente", que não buscam contatos de caráter militar, tendo pessoas que consideram este pedido como sendo objetivo e necessário.

Anteriormente, o vice-ministro de Defesa russo, Anatoly Antonov, declarou que a Rússia está pronta para trabalhar em conjunto para a eliminação de incidentes no mar e no ar, na base de acordos bilaterais na área, bem como para tentar resolver possíveis problemas que envolvam os ministérios da Letônia, Lituânia, Estônia, Polônia, Suécia e Finlândia.

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Segundo o diretor-geral do Instituto de problemas regionais, um cientista político Dmitry Zhuravlev, nas disputas da OTAN em torno desta questão, a vitória é dada aos estados que ficam na linha de frente.

"A OTAN é uma organização militar, e a falta de um adversário bate muito na sua existência, principalmente, financeira. Para a Aliança, a presença de uma certa tensão é essencial. E, quando o problema for resolvido, surge a questão: será tão necessário dar à OTAN tanto dinheiro? Deixando a Aliança na responsabilidade de provar a sua utilidade. Portanto, acho que a OTAN, nesta disputa de interesses, vai tomar o lado dos Estados da linha de frente", disse Zhuravlev durante a transmissão da rádio Sputnik.

Na opinião do político, os países Bálticos são os principais adversários nos acordos que buscam resolver problemas de segurança na região.

"Para os países Bálticos, atualmente, questões técnicas não são muito importantes, ligar ou desligar os transponders, o importante mesmo é manter a posição militar e política: "os russos não devem sobrevoar o Báltico". E se os países Bálticos chegarem a discutir sobre desativação do sistema de identificação, ficará claro entre eles a necessidade de sobrevoo. Eis o que para eles é inaceitável. Para eles, isso não é uma questão militar-técnica, para eles é uma questão político-militar", disse Zhuravlev.

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Ele acredita que esta questão pode ser resolvida apenas após as eleições presidenciais nos EUA.

"Realmente o único participante da OTAN no Báltico que pode afetar é os EUA. Por enquanto não falaram sobre o assunto, porque estão preocupados com as eleições. Se Trump ganhar, haverá uma posição, se Clinton ganhar, outra. Por isso, diplomatas americanos não querem se pronunciar ainda. A questão sobre transponders nos aviões militares será decidida após as eleições", conclui Dmitry Zhuravlev.

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