Há vários dias a capital do país africano tem sofrido com intensos combates envolvendo tanques e helicópteros. Os confrontos entre as tropas leais ao presidente Salva Kiir e os que apóiam o ex-vice-presidente Riek Machar levantou temores de um retorno à guerra civil total na mais nova nação do mundo.
A força de proteção — a ser composta por tropas africanas — vai "usar todos os meios necessários, incluindo a realização de uma ação robusta sempre que necessário e a patrulha ativa" para impor a paz em Juba e proteger o aeroporto e outras instalações estratégicas.
Além disso, a força também terá permissão para enfrentar as tropas do governo sul-sudanês, se necessário.
Centenas de pessoas foram mortas no país e as Nações Unidas disseram que soldados e forças de segurança do governo executaram civis e estupraram mulheres e meninas durante e após os combates do mês passado. O Sudão do Sul nega as acusações.
O mandado da missão e da força de proteção foi autorizado pelo Conselho de Segurança até 15 de dezembro de 2016.
O Sudão do Sul disse que iria aceitar um destacamento de tropas africanas na capital, mas na quarta-feira (10) expressou oposição à implantação dessas tropas sob o comando da ONU, citando aspirações "imperialistas" por parte dos EUA.
Sob a resolução desta sexta-feira, o Conselho vai considerar a imposição de um embargo de armas se o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, relatar que o governo do Sudão do Sul está obstruindo o envio da força de proteção ou o trabalho da UNMISS.
O Sudão do Sul entrou em guerra civil depois de Kiir ter rejeitado Machar como seu vice pela primeira vez. Os dois assinaram um acordo de paz em agosto de 2015, mas a implementação tem sido lenta e difícil.