Conselho de Segurança da ONU aprova envio de 4.000 soldados para o Sudão do Sul

© AP Photo / Seth WenigConselho de Segurança da ONU
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O Conselho de Segurança das Nações Unidas autorizou nesta sexta-feira (12) o envio de uma força de proteção de 4.000 homens para a capital do Sul do Sudão, Juba, e ameaçou impor um embargo de armas se o governo não cooperar.

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A resolução, elaborada pelos EUA, foi aprovada com 11 votos a favor e quatro abstenções (Rússia, China, Egito e Venezuela).

Há vários dias a capital do país africano tem sofrido com intensos combates envolvendo tanques e helicópteros. Os confrontos entre as tropas leais ao presidente Salva Kiir e os que apóiam o ex-vice-presidente Riek Machar levantou temores de um retorno à guerra civil total na mais nova nação do mundo.

A força de proteção — a ser composta por tropas africanas — vai "usar todos os meios necessários, incluindo a realização de uma ação robusta sempre que necessário e a patrulha ativa" para impor a paz em Juba e proteger o aeroporto e outras instalações estratégicas.

Além disso, a força também terá permissão para enfrentar as tropas do governo sul-sudanês, se necessário.

Centenas de pessoas foram mortas no país e as Nações Unidas disseram que soldados e forças de segurança do governo executaram civis e estupraram mulheres e meninas durante e após os combates do mês passado. O Sudão do Sul nega as acusações.

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A força de proteção fará parte da missão da ONU de manutenção da paz no Sudão do Sul (UNMISS), que tem estado presente no território desde que o país ganhou a independência do Sudão em 2011.

O mandado da missão e da força de proteção foi autorizado pelo Conselho de Segurança até 15 de dezembro de 2016.

O Sudão do Sul disse que iria aceitar um destacamento de tropas africanas na capital, mas na quarta-feira (10) expressou oposição à implantação dessas tropas sob o comando da ONU, citando aspirações "imperialistas" por parte dos EUA.

Sob a resolução desta sexta-feira, o Conselho vai considerar a imposição de um embargo de armas se o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, relatar que o governo do Sudão do Sul está obstruindo o envio da força de proteção ou o trabalho da UNMISS.

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A implantação de mais tropas internacionais em Juba tem sido uma das principais exigências de Machar, que deixou a capital depois da onda de violência no mês passado. Kiir, desde então, nomeou um novo vice-presidente.

O Sudão do Sul entrou em guerra civil depois de Kiir ter rejeitado Machar como seu vice pela primeira vez. Os dois assinaram um acordo de paz em agosto de 2015, mas a implementação tem sido lenta e difícil.

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