A construção acelerada da infraestrutura do noroeste da China até ao golfo de Áden entra no quadro da nova estratégia de Pequim para consolidação de sua influência no Índico e no Oriente Médio, bem como para a intenção de usar a força militar para assegurar os interesses da China no estrangeiro. Isso foi relatado à Sputnik China por especialistas.
Entretanto, o especialista da Academia de Diplomacia da China Ren Yuanzhe considera que desta vez o tema do corredor econômico foi examinado em ligação com a iniciativa chinesa de construção do projeto Rota da Seda.
O corredor sino-paquistanês tem um papel muito importante tanto nas relações entre os dois países, como para a paz, estabilidade e desenvolvimento econômico de toda a região, sublinha o especialista.
"A promoção deste projeto está decorrendo com bastante sucesso. Acredito que a construção desse corredor está decorrendo, não para exclusão de outros países e aumento da influência da China."
Ren Yuanzhe expressa a opinião do que este projeto será uma forma de estimular a ampliação e o desenvolvimento da cooperação no Sul da Ásia.
Vladimir Evseev, vice-chefe do Instituto de países da CEI, acha que Gwadar poderia se tornar num posto regional de manutenção dos navios de guerra chineses.
"De acordo com a informação disponível atualmente, no território de porto Gwadar entram navios da Marinha chinesa sem anúncio formal. Podemos supor que esse porto já é utilizado parcialmente como base naval chinesa", disse ele.
O especialista sublinha: "O próprio fato da presença da China nesse porto, na verdade, significa a presença da China não apenas no Sul da Ásia, mas também no Oriente Médio. <…> Isso indica que a China está presente fora das fronteiras nacionais, não só como uma economia das economias mais importantes do mundo, mas também como um novo centro de poder militar que começa a criar bases militares nos lugares que considera necessário."
Outro país, depois do Paquistão, onde é possível a aplicação de forças chinesas poderá ser a Síria. Bashar Assad manifestou o interesse no apoio da China à reconstrução da Síria depois da guerra. Entretanto, a China em resposta expressou sua prontidão em enviar para lá seus especialistas militares para treinamento do exército sírio. Este é um sinal do interesse dos militares chineses de participarem no destino da Síria após o término da guerra.