Turquia apresenta ultimato à Alemanha

© AP Photo / Emrah GurelBase aérea de Incirlik nos arredores da cidade de Adana, sul da Turquia (foto de arquivo)
Base aérea de Incirlik nos arredores da cidade de Adana, sul da Turquia (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
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A Turquia apresentou ao governo alemão um ultimato em relação à visita planejada de deputados alemães à base militar turca de Incirlik, informa o Der Spiegel.

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Desde junho Ancara mantém a proibição à delegação de parlamentares alemães de visitar a base aérea onde estão colocadas forças da Alemanha envolvidas em operações antiterroristas.

Segundo as informações do Der Spiegel, o lado turco está disposto a permitir a visita se o governo alemão anule a resolução tomada pelo Bungestag (Parlamento alemão) de reconhecimento do genocídio de armênios pelo Império Otomano.

"Podemos viver com o fato de o Bundestag ter aprovado essa decisão. Mas o governo alemão deve dar a entender que o termo genocídio não tem valor legal", comentou um alto funcionário turco.

O Ministério do Exterior alemão tenta freneticamente encontrar uma solução que permita a todas as partes "salvar a face", observa o Der Spiegel.

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Durante uma visita à Turquia realizada nesta semana, Michael Roth, ministro da Alemanha para os assuntos da União Europeia, disse que na resolução do Bundestag também se aponta para a responsabilidade do Império Alemão, que na época colaborava com Constantinopla, pelos massacres em massa dos armênios. O documento, segundo ele, não está dirigido contra as atuais autoridades turcas, mas se trata apenas da admissão da culpa dos alemães.

Ancara não está satisfeita com esta declaração, escreve o Der Spiegel: ela exige que o governo alemão faça a declaração ao alto nível — a nível de chanceler ou de ministro das Relações Exteriores.

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Em 2 de junho, o parlamento da Alemanha aprovou uma resolução que reconhece como genocídio o massacre dos armênios, realizado em 1915 e 1916, pelo Império Otomano. A resolução foi aprovada pela maioria dos deputados, tendo apenas um deputado votado contra e um se abstido. O debate foi iniciado a pedido da maioria parlamentar governista e do partido Os Verdes, que apresentou seu projeto de resolução sob o título de "Memorial do genocídio dos armênios e outras minorias cristãs nos anos de 1915 e 1916".

A Turquia não quer categoricamente reconhecer como "genocídio" o massacre de armênios, durante o qual centenas de milhares de armênios perderam a vida entre 1915 e 1917. Segundo a versão oficial turca, eles foram vítimas da Primeira Guerra Mundial.

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